Álvaro Prieto, um jovem futebolista de 18 anos de Córdova, Espanha, desapareceu na quinta-feira, 12 de outubro. Na segunda-feira, 16, foi encontrado morto. De acordo com a autópsia, morreu eletrocutado depois de se agarrar a cabos de alta tensão. Entenda como tudo se sucedeu.
Álvaro tinha ido sair com um amigo na noite de quarta para quinta-feira, o que fez com que perdesse o comboio de Sevilha para Córdova, pelas 7h35. Às 8 horas entrou no atendimento ao cliente e explicou que ficou sem bateria no telemóvel e que queria aceder ao bilhete.
Deu o e-mail do pai, os funcionários conseguiram encontrar o bilhete e informaram que o comboio já partiu. Apenas restava comprar outro bilhete. Quando tenta fazê-lo, na bilheteira, explica que ia pagar com o telemóvel, que estava sem bateria. Os funcionários disponibilizam-se a emprestar-lhe um carregador, mas ele rejeita e vai embora.
Depois disso, atravessou as linhas dos comboios e agarrou-se, sem bilhete, a um comboio com destino a Barcelona e parada em Córdova. Foi interceptado pela segurança e obrigado a descer. Às 10h35 é visto por uma testemunha na Avenida Kansas City, em Sevilha.
Nesta altura, a família do futebolista já o tinha dado como desaparecido. Passou o resto do dia de quinta-feira, sexta, sábado e domingo sem se saber do paradeiro de Álvaro Prieto. Às 11h40 de segunda-feira o corpo dele surge entre comboios. Terá morrido eletrocutado.
Sofreu uma descarga de cerca de 3 mil volts depois de subir ao topo de uma carruagem e de se agarrar a cabos de alta tensão de um comboio que "tinha sido transferido para o Centro Técnico de Tratamento no dia 24 de agosto, estacionado na pista de treino 1", relata o "El Mundo".
As câmaras de um posto de combustível próximo do local conseguiram captá-lo no topo do comboio, agarrado, minutos antes de morrer. O corpo caiu entre duas carruagens e Álvaro foi encontrado com as mãos queimadas e sem cabelo.