Nas últimas semanas, Donald Trump tem sido notícia pelo facto de querer comprar a Gronelândia à Dinamarca ou por sugerir lançar bombas nucleares para impedir que os furacões cheguem aos Estado Unidos. Além destas polémicas recentes, chega agora outra que envolve a rainha Isabel II. Aconteceu na visita oficial do presidente ao Reino Unido, a 6 de junho, para comemorar o 75.º aniversário do Dia D em Portsmouth, na Inglaterra — dia em que se iniciou a invasão da Europa Ocidental ocupada pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial.

Trump chegou um dia antes, dia 5 de junho, e aterrou duas vezes no mesmo dia com o seu helicóptero nos jardins do Palácio de Buckingham. De acordo com o jornal "The Times", queimou o jardim favorito da rainha de Inglaterra. Isabel II não gostou e quando no dia seguinte chegou o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, levou-o a ver o jardim e reclamou: "Venha e olhe o meu relvado, está arruinado", disse a rainha, de acordo com uma fonte do mesmo jornal.

O presidente norte-americano viajou com a mulher, Melania Trump, e apesar de a visita parecer decorrer num ambiente sereno, de acordo com as fotografias divulgadas a irritação crescia dentro de Isabel II pelo facto de Trump ter estragado aquela que é "a peça central das festas de jardim anuais da rainha", como descreve o jornal britânico. Além das marcas queimadas, ficaram também torrões de relva quando o helicóptero aterrou.

Apesar de há três anos a rainha não ter autorizado o ex-presidente Barack Obama a aterrar seis helicópteros no relvado do Castelo de Windsor, desta vez não conseguiu tomar medidas que protegessem os seus jardins. Parece até um padrão entre os presidentes americanos o facto de quererem aterrar nos relvados reais britânicos, mas enquanto o pedido do ex-presidente norte-americano foi negado, Trump não mediu consequências e acabou mesmo por causar danos no jardim do Palácio de Buckinghum.

E, de acordo com o jornal "The New York Times", não é a primeira vez que Donald Trump infringe as regras. É que quando viajou para o Reino Unido em 2018 para se encontrar com a rainha no Castelo de Windsor, o presidente violou o protocolo real: andou à frente de Isabel II, cumprimentou-a com um aperto de mão em vez de se curvar e virou-lhe as costas em alguns momentos da visita oficial.