O projeto de investigação "Scroll, Logo Existo", divulgado esta terça-feira, 23 de janeiro, teve como objetivo estudar as práticas de uso dos ecrãs e os comportamentos aditivos, envolveu 1704 residentes em todo o País, maiores de 16 anos, assim como esclarece o "Expresso".

O WhatsApp é a rede social mais utilizada pelos inquiridos, explica o "Correio da Manhã". O estudo deixou um alerta para o potencial de dependência "muito grande" desta rede social por gerar um comportamento de necessidade de resposta imediata e de continuidade de verificação das mensagens.

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Financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, em parceria com o Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências, o"Scroll, Logo Existo" recolheu e tratou os dados entre setembro de 2022 e outubro de 2023. Concluiu que existe "uma necessidade de estar nos ecrãs como fonte de prazer".

Estes ecrãs são usados "como fuga" para aliviar culpa, ansiedade ou depressão. A necessidade compulsiva de estar online foi analisada, bem como o "consumo descontrolado" da oferta digital. Identificaram, ainda, uma "perda de noção do tempo nos ecrãs" e "irritabilidade" devido à ausência dos ecrãs ou à redução do tempo de utilização.

"Quanto mais baixa é a idade, mais baixa é a escolaridade, e se cruzarmos estes dois atributos, os estudantes e a população inativa são aqueles que estão numa situação de maior exposição ao risco de dependência de ecrãs", notou o coordenador do projeto, Joaquim Fialho, citado pelo "Expresso".