O mundo continua preocupado com Kate Middleton e, sobretudo, curioso para saber o que lhe aconteceu. É que a princesa de Gales, que foi submetida a uma cirurgia abdominal em janeiro, nunca mais foi vista em público em condições, já que se afastou de todos os compromissos reais. Há teorias que já começam a ganhar força, mas a mulher do príncipe William deverá meter-lhes fim brevemente.

Fontes próximas de William e Kate disseram ao "The Sunday Times" que estes vão contar a verdade, mas fá-lo-ão naquele que consideram ser o timing mais apropriado. Dizendo que a dupla é a mais acessível em conversas com a população, as fontes acreditam que a princesa poderá falar abertamente "sobre a recuperação nos seus compromissos", segundo a "People".

"Eles vão querer ser claros e mais transparentes, mas vão fazê-lo quando se sentirem prontos. Espero que seja esse o objetivo dela e que seja ela a decidir. Não vão ser apressados", continuou outra fonte, citada pela mesma publicação. O "Daily Mail" acrescenta que, em abril, quando o filho mais novo do casal, Louis, celebrar o seu aniversário, deverá ser publicada uma fotografia, como manda a tradição, e que o assunto deverá ser abordado novamente.

Mas enquanto não há uma justificação precisa em relação ao desaparecimento de Kate, certas teorias têm vindo a ganhar força entre os utilizadores das redes sociais e até a imprensa. Não falamos das mais mirabolantes, como quando se disse que a princesa fez uma franja e está à espera de que esta cresça ou de ter feito alguma cirurgia estética, mas do facto de esta poder estar a sofrer com uma doença grave.

Em Espanha, os jornalistas estão especialmente focados neste tema e apontam a doença de Crohn como a causa daquilo que está a afetar a princesa. Em Portugal, Adriano Silva Martins, comentador no programa da CMTV "Noite das Estrelas", também deu esta hipótese como provável, citando a imprensa espanhola. Mas nem só a imprensa tem sido adepta desta teoria: também especialistas já se vieram pronunciar sobre o assunto.

É o caso de Jennifer Gunter, uma ginecologista do Canadá, que recorreu ao X (antigo Twitter) para dar a sua opinião. "Tendo tanta informação sobre 'a realeza' como qualquer outra pessoa, o meu palpite é que Kate Middleton precisou de ser operada por causa da doença de Crohn. Talvez até [teve de fazer] uma colostomia temporária?", questionou-se a especialista.

A doença de Crohn é "um tipo de doença inflamatória intestinal crónica que causa inflamação do trato digestivo", lê-se no site oficial da CUF, que acrescenta que esta condição "pode causar dor, ser debilitante e, por vezes, implicar risco de vida". "Diarreia, dor abdominal do tipo cólica e perda de peso" são alguns dos sintomas mais comuns, mas também pode causar "dores nas articulações e lesões da pele".

Apesar de não ter cura, há três opções para amenizar o impacto da doença: através de medicação, alimentação mais regrada ou, nos casos mais graves, cirurgia. Este último cenário, que consiste "na remoção de um segmento de intestino doente", é mais frequente nos "doentes com sintomas de oclusão intestinal, fístulas, episódios agudos graves ou muito frequentes" – e é isto que acham que aconteceu a Kate Middleton.

Este procedimento é conhecido como colostomia, tal como dizia Jennifer Gunter. Incide sobre "a exteriorização de uma porção do intestino grosso através da parede abdominal, para desviar o trânsito intestinal", de acordo com o site Convatec. A localização da colostomia vai depender da porção do intestino afetada ou da melhor localização no abdómen, quando o objetivo é desviar as fezes de uma lesão na região perianal.

De acordo com o mesmo site, há quatro tipos de colostomia: a ascendente, realizada no "cólon ascendente (secção vertical, à direita)", a transversa, "no (cólon transverso (secção horizontal, a meio do abdómen)", a descendente, no "cólon descendente (secção vertical esquerda)" e a sigmoidea, em que a "parte inferior do intestino grosso é exteriorizada, à esquerda, pouco antes do reto".

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Teorias à parte, a versão oficial do palácio de Kensington dá conta de que Kate Middleton foi submetida a uma cirurgia abdominal, não especificando exatamente o procedimento. A princesa ficou internada 13 dias na The London Clinic, um hospital privado de luxo em Londres, mas a recuperação está para durar até depois da Páscoa, informou a casa real britânica.

Antes da cirurgia, realizada a 17 de janeiro, a última vez que Kate Middleton tinha aparecido em público foi no dia de Natal, quando a família real marcou presença na cerimónia religiosa tradicional em Sandringham. Entretanto, foi vista duas vezes – ambas no carro, com a mãe ou com o marido. Além disso, foi publicada uma fotografia da princesa com os filhos, no Dia da Mãe, a celebrado a 10 de março, que gerou polémica por ter sido manipulada digitalmente.