Se a luta contra a acne, a hiperpigmentação, a rosácea ou o envelhecimento é uma constante na sua vida, saiba que não está num beco sem saída. A terapia fotobiodiâmica parece ter as armas de que necessita para ganhar esta guerra.

À conversa com a MAGG, o doutor David Valverde, especialista em medicina estética e cosmética, explica em que é que consiste este tratamento. Do procedimento aos cuidados que devem ser tidos em conta depois da realização do mesmo, passando ainda pelos preços, contamos-lhe tudo.

David Valverde
créditos: Doutor David Valverde

Afinal, o que é a terapia fotobiodinâmica?

Quando ouvimos falar de intervenções estéticas e cosméticas, há um medo generalizado de quem não está familiarizado com estas. No entanto, este ramo da Medicina não se rege apenas por modificar as características de quem se submete aos procedimentos – visa também tratar certas patologias de forma mais rápida e eficaz. É o caso da terapia fotobiodinâmica, um tratamento não invasivo e indolor. A única coisa que tem de fazer é permanecer, durante uns minutos, debaixo de uma máscara com "milhares de luzes", explica David Valverde. Vá, não é apenas disso que se trata, mas pode ser um bom ponto de partida para erradicar alguns receios.

"As luzes vão a determinado comprimento de onda e deixam na pele o efeito que mais vá ao encontro do objetivo que desejamos alcançar. Geralmente, associa-se um peeling e os produtos são ativados pela luz", resume o especialista.

Assim, a partir da combinação de um dispositivo PhotoAge (uma máscara com lasers de baixa potência), soluções fotossensíveis (os tais peelings) e um ambiente fértil em oxigénio, o tratamento promete ser meio caminho andado para dizer adeus às diversas patologias que visa combater.

Independentemente dos motivos que possam levar alguém a submeter-se a esta prática, o objetivo é sempre o mesmo: estimular, regenerar e reparar a pele. E não é por acaso que há estudos que indicam que esta tecnologia foi "utilizada pela Nasa para fazer crescer plantas no espaço, porque promove ene reações, nomeadamente o crescimento a nível celular", enfatiza David Valverde.

Adeus, patologias. Olá, pele impecável

A máscara é composta por um material flexível, capaz de se adaptar ao rosto, pescoço e colo do paciente. Além disso, emite quatro cores de luz, recorrendo a potências e comprimentos de onda variados. Mas vamos por partes.

Para a acne, começa-se com a aplicação de um peeling, composto maioritariamente por ativos bactericidas – ácidos como o azelaico e salicílico, responsáveis por destruir as bactérias causadoras da acne. Depois, o remate final: a aplicação da luz azul.

Quanto ao tratamento das manchas, o ácido salicílico volta a marcar presença. A este juntam-se com os ácidos glicólico e trenexâmico, "ótimos para diminuir a coloração, ou seja, inibir a produção em excesso de melanina", e a luz verde.

Para o rejuvenescimento facial e tratamento das rugas, a luz vermelha é a mais importante, já que se mune do "maior poder de penetração" à qual se antecede o uso de um peeling composto por ácido mandélico, "que estimula o fibroblasto, produzindo o colagénio", láctico e glicólico, enumera o especialista.

Por fim, a luz amarela visa reverter a vermelhidão e a inflamação da tez – ou seja, é ideal para quem sofre de condições como a rosácea. Para potenciar os resultados, do peeling fotossensível fazem parte ativos como o ácido azelaico e mandélico.

Cuidados a ter, número de sessões e preços

Agora que não há tanto sol, esta é a altura indicada para realizar tratamentos como a terapia fotobiodinâmica. Isto porque "dois dias antes e dois dias depois os pacientes não podem apanhar sol", explica o doutor David Valverde. E este compromisso tem uma lógica simples. Ao levar "com a ácidos na cara, o sol está fora de questão, porque pode ter o efeito oposto relativamente àquilo que quer tratar", alerta o especialista, acrescentando um exemplo. "Se o tratamento tiver sido feito numa lógica de despigmentar, o contacto com o sol pode pigmentar ainda mais", frisa.

Contudo, depois de realizado, é prescrita uma rotina de pele específica para o paciente poder perpetuar os bons resultados – que, segundo o médico, são visíveis logo após a primeira sessão. No entanto, "o que está preconizado é fazer umas quatro sessões, espaçadas mensalmente", afirma.

Assim, a partir dos 150€, os tratamentos prometem resultados mais eficazes que qualquer feitiço, mas mantê-los é algo que vai "depender dos cuidados que o paciente tem com a pele", conclui David Valverde.

Clínica Dr. David Valverde

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