Em dezembro de 2018, Louise Vesterager Jespersen, 24 anos, e Maren Ueland, 28, foram encontradas sem vida e com ferimentos no pescoço na tenda em que acampavam, nas montanhas do Atlas, em Marrocos, local onde as duas amigas e colegas da University of South-Eastern Norway passavam férias, desde que partiram da Noruega, a 9 de dezembro.

Cinco meses depois, Adbessamad Ejjour, admitiu em tribunal: “Eu decapitei uma delas… Estou arrependido", disse, citado pela BBC. Ainda assim, disse também: “Nós amamos o Estado Islâmico e rezamos a Deus por ele.”

Este homem está a ser julgado junto de outros 23, todos suspeitos de pertencerem ao Estado Islâmico. O julgamento, que termina a 13 de junho, está a decorrer em Salé, perto de Rabat, em Marrocos. No entanto, apenas Ejjour, Younes Ouaziyad, 27 anos, and Rachid Afatti, 33, foram associados aos assassinatos das duas turistas escandinavas.

Duas mulheres escandinavas encontradas “alegadamente decapitadas” em Marrocos
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Ejjour vendia sumo de laranja à porta de mesquitas, em Marraquexe. “Decidi criar a Jihad aqui”, disse. Os alvos, avançou também, eram pessoas de nacionalidade estrangeira. O homem já tinha sido preso por se tentar juntar ao Estado Islâmico, mas saiu em liberdade em 2015.

Um vídeo partilhado nas redes sociais por apoiantes do Estado Islâmico mostra a decapitação de uma mulher. Um dos homens refere-se aos “inimigos de Alá”, afirmando que aqueles assassinatos têm como propósito vingar as mortes de jihadistas na Síria. A policia norueguesa adiantou que é quase certo que as imagens sejam reais.

De acordo com a BBC, que cita a AFP, o chefe do departamento de anti-terrorismo de Marrocos adianta que este grupo é inspirado nas células terroristas do Estado Islâmico, mas que não tem contacto com os militantes das zonas de combate.