Marielle Franco foi assassinada a 14 março, com três tiros na cabeça e um no pescoço, e Anderson Gomes, o motorista do veículo em que a vereadora e ativista seguia, também morreu. Mas sobre o caso, pouco mais se ouviu falar.

E é por isso mesmo que a Amnistia Internacional se junta agora ao festival Iminente para (re)lembrar todos do que se passou. Vhils é o fundador do festival que vai ter lugar entre 21 e 23 de setembro no Panorâmico de Monsanto, em Lisboa, e vai criar um mural de homenagem à brasileira, acérrima defensora dos direitos humanos. A iniciativa faz parte do projeto "Brave Walls", que vê na street art uma boa forma de consciencialização para os direitos humanos.

Rui Chafes, José Pedro Croft e Vhils com obras em três barragens
Rui Chafes, José Pedro Croft e Vhils com obras em três barragens
Ver artigo

Pedro Neto, diretor-executivo da Amnistia Internacional Portugal, explicou em comunicado que com esta obra de arte em Portugal, se pretende "tornar o caso de Marielle Franco o mais visível possível – não só para celebrar a sua vida inspiradora e continuar a lutar pelas causas que lhe eram queridas, mas também para garantir que os seus assassinos são levados à justiça."

A vereadora dedicou a sua vida à defesa dos direitos humanos: os das mulheres negras, da comunidade LGBT, e mais perto da sua realidade, dos jovens desfavorecidos das favelas do Rio de Janeiro.

Quanto a Vhils (Alexandre Farto), não podia estar mais satisfeito por fazer parte do projeto. "Sinto-me honrado com o convite da Amnistia Internacional para participar na sua campanha sobre o trabalho de Marielle Franco. Poder usar a minha arte para lançar uma luz sobre o seu caso é um privilégio", disse em comunicado.

Neste festival há música, claro, e muita arte – e Mônica Benício, a companheira de Marielle, também vai lá estar. Ainda pode comprar bilhetes – têm o custo de 10€, mas a organização só disponibiliza 4500 por dia.