Ir a um encontro com um amigo de um amigo, com alguém que conheceu no Tinder ou com aquela pessoa que até lhe pareceu interessante no dia em que se conheceram, por acaso, num bar, é sempre um risco: sair com alguém que não se conhece pode ter tudo para correr mal. A MAGG conta-lhe cinco histórias de encontros que foram tão maus que os envolvidos juraram para nunca mais.

Rebeca Gasperini tem 21 anos e, quando uma amiga a apresentou a um rapaz, que até parecia querido e queria muito conhecê-la, pensou que era boa ideia marcarem um encontro. Mas as coisas não começaram logo bem. "Ligou-me para combinarmos e disse que me ia buscar à faculdade. Quando me foi buscar disse-me para entrar muito rápido no carro porque não era dele: era da empresa onde ele trabalhava e não podia ser visto ali", conta.

Resumindo: ele comeu a minha comida e nem sequer me deixou em casa, largou-me na esquina do metro."

Depois deste episódio estranho foram lanchar, mas as coisas não melhoraram: "Ele pediu tudo do menos saudável possível e comeu o meu lanche. Pediu o maior hambúrguer de todos, as maiores batatas, o maior refrigerante, ainda pediu um batido e devastou tudo à minha frente, a comer que nem um louco. Depois ainda foi capaz de pedir o resto do meu hambúrguer e comê-lo também". A pensar que as coisas não podiam piorar, Rebeca teve uma surpresa quando, às 23 horas, ele lhe perguntou se não se importava "de apanhar o metro até casa, porque o carro era da empresa".

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"A minha casa era muito longe, eu tinha de apanhar metro e autocarro mas disse-lhe que sim. Resumindo: ele comeu a minha comida e nem sequer me deixou em casa, largou-me na esquina do metro", conta Rebeca. "Eu pensei 'nunca mais saio com esta pessoa na vida'. Foi um dos piores encontros que já tive".

Conversar pode ser um dos maiores problemas: por não saber o que dizer ou dizer as coisas erradas

Com Rita (nome falso), de 23 anos o problema não foi a comida nem a boleia, mas sim a conversa. Depois de conhecer um rapaz na aplicação Tinder, decidiram marcar um encontro. Já tinham falado algumas vezes ao telemóvel e Rita "adorava o humor dele porque era um tanto ou quanto corrosivo, muito explícito e com algumas referências sexuais", o que nunca pensou foi que ele fosse comportar-se da mesma maneira na esplanada de um café, em público.

"Eu pedi uma água das Pedras e ele disse à empregada que eu estava a pedir isso porque estava de ressaca. E, por acaso, estava, mas o que é que a senhora tinha a ver com isso?", conta. Mas o mais constrangedor foi ter estado a beber café com um rapaz que até achava interessante e ele fazer piadas "explicitamente sexuais e depravadas em alto e bom som". Depois disso nunca mais quis combinar cafés com ele: "Nada contra as piadas mas, por favor, modera o tom".

Com Rui, de 21 anos, a conversa também foi o problema do encontro, mas por razões completamente opostas. Conheceu uma rapariga online e combinaram encontrar-se, no entanto, a química não aconteceu na vida real: "Combinámos estar juntos mas, quando nos encontrámos, só nos cumprimentámos com um simples 'boa noite' e depois estivemos 15 minutos em que não dissemos uma palavra um ao outro". A situação foi tão constragedora que acabou por se levantar e ir-se embora.

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Vanessa prefere não dizer o nome verdadeiro mas, tem 21 anos e, quando um amigo, que já não via há muito tempo, a convidou para beber café ela aceitou sem problemas. "Fomos beber café e, quando fomos para o carro, para me ir pôr a casa, ele quis ir a outro sítio antes. Levou-me para o pé do rio, numa zona de mato e estacionou". Para além do sítio ser estranho, a conversa também começou a ser: "Começou a falar de drogas, ácidos e festas. Depois beijou-me e quis mais. Eu tive de pedir para ele me levar para casa". Conta que foi o encontro mais estranho que já teve.

Já pensou como seria combinar um encontro com alguém que conheceu online e perceber que a pessoa com quem falava era, afinal, outra? Foi o que se passou com Manuel. Não quis revelar o nome real mas, agora com 23 anos, era um adolescente com muitos amigos. Quando os encontros do Twitter (mais conhecidos por 'meets') estavam na moda, conheceu uma rapariga online e combinaram encontrar-se. "Faltavam 2 meses para o meet e ela continuou sempre a meter conversa. Era muito gira, não era daqueles perfis em que elas parecem modelos, mas era uma rapariga interessante. Ao final de um mês já dizia que só me queria conhecer e que só ia ao meet para estar comigo", conta.

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No entanto o encontro não se passou como planeado. Quando a rapariga avisou, no dia, que afinal não podia ir, Manuel começou a achar a situação cada vez mais estranha: "No dia do meet, o encontro era no Pavilhão de Portugal e, exatamente no minuto em que chego, recebo uma mensagem dela no Twitter: 'Não consegui ir, mas já vi snaps em que apareces, estás muito giro'. Eu tinha acabado de chegar, e ela até descreveu uma peça de roupa que usava a dizer que me ficava bem".

No final, acabou por descobrir que a rapariga estava lá, mas o perfil por onde falavam era falso. "Ela tinha problemas de confiança e em arranjar amigos. Então criou um perfil falso para ter com quem falar. Tinha alguns transtornos psicológicos", conta. Depois de perceber tudo decidiu falar com ela como se não soubesse de nada: "Acho que ainda hoje ela não sabe que eu sabia que ela era a pessoa com quem falava".

(texto publicado originalmente em 2018)