Hospedados no Wyndham Grand Algarve, tivemos a oportunidade de fazer um passeio de barco pela Ria Formosa, durante o qual conseguimos ficar a conhecer melhor a flora da região. Esta é uma das excursões que pode experienciar ao longo da estadia neste hotel cinco estrelas.

Dinamizada pela Portugal No Limits, esta atividade de cerca de duas horas (e cerca de meia hora em deslocações) passa-se numa réplica de um barco tradicional da Ria de Faro, que data de 1950. Fomos acompanhados por um pescador e pela guia Cristina Nugas, que nos enquadrou a todo o momento.

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"Esta iniciativa nasceu da minha experiência. Eu fazia isto com o meu avô. Gosto sempre de vir a bordo para relembrar esses tempos", contou, com um sorriso na cara. A todo o momento, mostrou ter gosto por aquilo que faz e cativou-nos sem grandes esforços.

Um dos pilares deste passeio é a apanha de lingueirão. Munidos de uma embalagem de sal fino e de um par de sapatos de neoprene (para evitar eventuais feridas em conchas partidas), procurámos estes bivalves na areia. Para os identificar, assim como nos explicou Cristina Nugas, devíamos procurar buracos em forma de oito ou de uma fechadura.

Não tardámos a encontrar alguns destes bichos, que, incomodados pelo sal, vinham à superfície. Com cuidado (não fossem também conhecidos como "canivetes"), agarrávamo-los na casca e, pouco depois, voltávamos a colocá-los no chão. Sentimo-nos autênticos pescadores.

Nas redondezas, havia mais locais à caça de mantimentos, como uma senhora que apanhava berbigão para fazer rissóis para o almoço. Conhecemos os utensílios típicos, como a faca de mariscar e o cesto ideal para conservar a apanha, e com a ajuda do pescador, vimos espécies como polvos e até um ferro de engomar.

"Está aqui um ferro de engomar", disse, ao começar a desenterrar algo da areia. "As pessoas são mesmo porcas", pensámos, imaginando o utensílio que deixa a roupa sem vincos. Porém, tratava-se, afinal, de uma concha que deve essa alcunha ao seu formato.

Pouco depois, o pescador alertou-nos de que havia algo a "dar de vaia", que, em linguagem local, significa algo como "dizer adeus" — e não, não eram pessoas. O cumprimento vinha de caranguejos-boca, que acenam com uma das patas, maior que todas as outras e muito apreciada para petiscos.

Depois de brincarmos à apanha do lingueirão, dirigimo-nos ao viveiro do senhor Fernandinho, que, entre outros animais, cria ostras. "Vêm de França muito pequenas e num ano crescem", afirmou, elogiando a Ria Formosa, uma vez que, na terra-natal, demoram três anos a atingir o tamanho ideal para consumo.

Nos últimos tempos, as ostras têm estado a ser roubadas — e as culpadas já foram identificadas: lontras. Tal como elas, também nós aproveitámos a criação do senhor Fernandinho. "A segunda parte é provar ostras com vinho, porque não se come ostras sem vinho", considera a guia.

Degustámos essas mesmas ostras ao natural (sem nada, nem mesmo limão), com um vinho Planalto do Douro, água e Dom Rodrigo, doce tradicional algarvio. Foi com um sabor a mar na boca que terminámos a experiência, que decorre num canal apenas navegável por barcos pequenos, já que tem pouca profundidade.

Cristina Nugas mora na praia e vai cumprimentando os vizinhos que encontra pelo caminho. Enquanto estamos a navegar, vai dando conta das espécies de pássaros que avistamos, tais como flamingos, patos reais, guarda-rios, cegonhas-brancas, garças-reais e até colhereiros, um pássaro com um bico em forma colher.

Habitualmente, o barco tem outro elemento, a Amora, a companheira de quatro patas de Cristina Nugas. Da raça cão de água português, viaja na frente da embarcação, mas, infelizmente, estava de folga no dia do nosso passeio. "A função destes cães era guardar o barco. Eles acompanhavam os pescadores", acrescentou a guia.

Durante o passeio, vimos de perto os aviões que aterravam no Aeroporto de Faro, mesmo ali à beira. Ainda assim, e ao contrário do que seria de esperar, reinou sempre o silêncio. Ficámos espantados pelo sossego que testemunhámos enquanto percorríamos a Ria Formosa.

Caso esteja interessado em viver estes momentos, pode reservar a experiência enviando um e-mail para a equipa de Guest Experience do Wyndham Grand Algarve: guest.relations@wyndhamgrandalgarve.com. Tem um mínimo de quatro participantes (por 511€ e 90€ por participante extra) e um máximo de dez, apenas podendo embarcar maiores de 3 anos.

Wyndham Grand Algarve

Localização: Quinta do Lago, Av. André Jordan 39, 8135-024 Almancil
Contactos: (+351) 289 000 300 / reservations@wyndhamgrandalgarve.com / Facebook / Instagramsite