Segundo um estudo coordenado pela Universidade de Zhejiang, na China, e que envolveu os Estados Unidos, o Reino Unido e a Suécia, em 2019, os casos de cancro detetados em pessoas com menos de 50 anos aumentaram 79,1% em relação a 1990. A investigação baseou-se nos dados do Global Burden of Disease Study 2019 sobre 29 tipos de cancro em 204 países e regiões.

No ano de 2019, existiram 1,82 milhões de novos diagnósticos da doença em pessoas abaixo dos 50 anos. O cancro da mama é o que se mostra com um maior aumento de casos e mortes associadas, pode ler-se no "Observador".

Esta mulher foi 26 vezes às urgências com muitas dores e nunca detetaram o problema. Morreu de cancro e o hospital está a ser acusado de negligência médica
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Durante este período, entre 1990 e 2019, o cancro da traqueia e o da próstata foram os que aumentaram mais rapidamente, com variações percentuais em 2,28% e 2,23%, respetivamente. Já o cancro do fígado precoce diminuiu cerca de 2,88% por ano.

Também o número de mortes associadas a esta doença sofreu um aumento de 27,7%. Em 2019, foram registadas 1,06 milhões de mortes em pessoas com menos de 50 anos. O cancro da mama, da traqueia, do pulmão, do estômago e do intestino foram os maiores responsáveis pelo número referido.

De acordo com o estudo publicado na “BMJ Oncology”, os países mais pobres foram os mais afetados no que à mortalidade diz respeito, prevalecendo também no sexo feminino. As taxas mais elevadas de cancro ocorreram na América do Norte, na Oceânia e na Europa Ocidental.

Relativamente às causas apontadas pelos investigadores, as dietas ricas em carnes vermelhas e sal e pobres em fruta e leite são um dos principais fatores de risco nesta faixa etária. Outros fatores apontados são o consumo de álcool e tabaco, a inatividade física e o excesso de peso e ainda a hiperglicemia.