A 2 de dezembro, o toureiro Juan Ortega deveria subir ao altar com a namorada de longa data, a médica Carmen Otte Alba. Uma hora antes da cerimónia, tudo mudou. Um telefonema de Juan para a noiva, a cancelar o compromisso, provocava um verdadeiro terramoto mediático em Espanha.

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Desde então, tanto o toureiro como a ex-noiva têm estado refugiados, longe dos olhares dos media. Mas esta quarta-feira, 24 de janeiro, poucos dias antes do início da época taurina, Juan Ortega decidiu dar a primeira entrevista. Marcou presença no formato "Herrera en COPE", na rádio espanhola, para uma conversa com o jornalista Carlos Herrera. O tema começou por ser o início da temporada taurina, mas depressa o casamento tomou conta da entrevista.

Ortega começa por confessar que não esperava que a decisão espoletasse um "terramoto informativo". "Entendo a confusão que se gerou, mas a verdade é que não imaginava que ia causar tanto caos". Refugiado junto da família nestes quase dois meses, o toureiro tem-se focado no trabalho. E, sem pudores, fez questão de desmentir algumas notícias que vieram a público, como o envolvimento de terceiras pessoas e as alegadas tensões com a família da ex-noiva. "O único responsável desta decisão sou eu. Disse-se que havia terceiras pessoas, que foi o padre, que foi o pai da noiva... é tudo mentira. Eu tomei a decisão sozinho, sabendo as consequências que tinha", salientou Ortega.

"A única verdade é que eu e a Carmen gostamos muito um do outro. Tínhamos uma relação muito boa em muitos aspetos. Eu andava a arrastar uma série de problemas, uma série de dúvidas que não fui capaz de resolver. Assumo o meu erro e peço perdão. Não pela decisão em si, mas pelo momento em que o fiz", reconhece. "Tomar esta decisão, uma hora antes do casamento, com tudo organizado, com os convidados no local, entendo o transtorno que possa ter causado. A dor... tivesse tomado a decisão uma semana, um mês, um ano antes, seria sempre uma ruptura entre duas pessoas que se amam. Mas entendo que as circunstâncias mudam tudo", salienta o toureiro.

Prestes a voltar às praças de touros, o que irá acontecer a 10 de fevereiro em Madrid, Juan Ortega não poupou nos elogios à ex-companheira, com quem esteve mais de uma década. "A Carmen é uma mulher extraordinária, que me fez crescer muito como pessoa e toureiro, tal e qual a sua família, que me tratou como um filho e me deu muito carinho. Se estou a sofrer é por lhes ter feito mal, a pessoas que não são responsáveis pela minha decisão", salientou.

O toureiro reconhece que deixou arrastar até ao limite uma decisão que já o assombrava há bastante tempo e que geriu mais o momento para a tomar. "Encontrava sempre razões para seguir com a relação e, no fim, como se diz no mundo do toureio, 'tens o touro debaixo da cama'!", diz, explicando como tudo aconteceu. "Estava sozinho no quarto, a primeira pessoa a quem liguei foi à Carmen. Depois aos meus pais e, depois, ao padre que nos ia casar. A partir daí segui, consequente com a minha decisão".

"Uma conversa dura". É assim que Juan Ortega descreve o telefonema que teve com aquela que seria a sua futura mulher, uma hora antes de subirem ao altar. "O que importava menos era a festa, era o terminar uma relação com uma pessoa de quem se gosta", relembra. O toureiro salienta ainda que mantém contacto com a ex-companheira. "Mantemos muito carinho, muito respeito e temos muita paz. Foi algo pelo qual lutámos muito e as coisas não seguiram em frente. O que me tranquiliza é que a Carmen e eu sabemos a verdade", diz ainda Ortega.

Veja aqui a entrevista completa