Esta segunda-feira, 15 de abril, Luís Borges recorreu ao Instagram para partilhar uma notícia menos boa: a sua marca de acessórios, Call Me Gorgeous, foi roubada por outra empresa, pelo que teve de suspender as operações da mesma. O manequim publicou um comunicado nas redes sociais, no qual dá conta do sucedido.

"A 15 de agosto de 2021, compartilhei convosco o que se tornaria o meu mais recente projeto criativo e, sem dúvida, um dos desafios mais emocionantes e intensos da minha vida. Com o mesmo nome da minha empresa, Call Me Gorgeous, Unipessoal Lda., criei uma marca de acessórios que reflete a minha personalidade e os meus valores", começou por escrever, acrescentando que construir uma marca de raiz "não é uma tarefa fácil".

Enfatizando o "investimento financeiro" necessário para tal, assim como o "compromisso pessoal profundo e incansável", adiantou que o seu objetivo sempre foi ser "mais do que uma marca de acessórios". "Quero que este projeto seja uma voz, uma mensagem de empoderamento, combate ao preconceito e apoio às minoria sociais – valores que sempre defendi", frisou o manequim e empresário, acrescentando que o nome foi beber inspiração ao que o seu booker nova-iorquino lhe chamava (gorgeous, que é maravilhoso, em português).

A 16 de março de 2024, quase três anos depois de se ter atirado de cabeça a este projeto, tudo mudou. "Recebemos uma notificação por parte do representante da empresa Essence Flow Lda, a informar que solicitaram o registo da marca comercial Call Me Gorgeous" e que este lhe teria sido concedido a 31 de dezembro de 2023, pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), explica, dizendo ainda que o objetivo desta era atuar nas mesmas áreas de negócio que a sua marca.

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Dizendo que este registo foi "efetuado de má-fé e em abuso de direito", Luís Borges garante que, em conjunto com a sua equipa jurídica, chegou à conclusão de que esta ação foi tomada "numa tentativa de explorar indevidamente a ausência de registo formal" da sua marca no INPI, "com o intuito de obter benefícios ilícitos" – algo que, segundo se lê no comunicado, poderá "facilmente demonstrar às autoridades competentes".

Contudo, a saga não se fica por aqui, já que, recentemente, a Essence Flow Lda fez com que a conta de Instagram da marca do manequim fosse suspensa e não pudesse ser utilizada, devido a uma denúncia. "Enquanto aguardo o desenrolar dos processos judiciais instaurados/ameaçados pelo representante da Essence Flow Lda, decidi suspender temporariamente as atividades públicas do meu projeto", relata o empresário. "Reavaliar, reestruturar e, brevemente, retornar ainda com mais força e determinação" é o que está na base desta decisão.

No fim, Luís Borges deixou um agradecimento aos "clientes, amigos e membros da comunidade gorgeous que sempre estiveram" com ele e o apoiaram "ao longo deste caminho desafiador". "Este projeto não é só meu, é também vosso", rematou na publicação, que se encheu de comentários a apoiá-lo.

A Essence Flow Lda é proprietária do site "Fama e Fofoca", como se pode ler na ficha técnica da publicação, registada com o número 128002 da Entidade Reguladora para a Comunicação Social. O diretor-geral da publicação é Gabriel Deveza, que também será fotógrafo, segundo se pode ver no site da "LUX", onde apareceu creditado como autor das fotografias da inauguração de uma loja, em 2022.

A MAGG contactou o site "Fama e Fofoca" para esclarecimentos, mas não obteve resposta até à hora da publicação do artigo.