É oficial: o príncipe Harry foi alvo de escutas ilegais por parte do grupo de comunicação social Mirror Group Newspapers (MGN). Depois de uma longa batalha judicial contra os tabloides, o Supremo Tribunal de Londres conseguiu provar que a empresa conseguiu aceder ilegitimamente ao telemóvel do duque de Sussex, que será indemnizado, de acordo com a "BBC".

A decisão foi tomada pelo juiz Fancourt, em Londres, esta sexta-feira, 15 de dezembro. O filho do rei Carlos III receberá uma indemnização de 140.600 libras (cerca de 163 mil euros), pelo facto de este grupo, responsável pela publicação de títulos como o "Daily Mirror", o "Sunday Mirror" e o "Sunday People", ter recorrido a vias ilegais para obter de informações sobre a vida do mesmo.

Em causa estavam cerca de 140 artigos publicados entre 1996 e 2010 pelas publicações do MGN. Destas quase duas centenas, 33 foram selecionados para serem considerados no processo judicial – e deste número, o tribunal conseguiu comprovar que 15 foram fruto do "acesso ao seu telemóvel ou aos telemóveis dos seus associados, ou o produto de outra recolha ilegal de informações", de acordo com a mesma publicação.

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Embora não tenha estado no tribunal aquando da leitura do veredito, o duque de Sussex celebrou a vitória através de um comunicado lido pelo seu advogado, David Sherbourne, à porta do tribunal, no qual expressava a sua felicidade, solicitando ainda uma investigação criminal contra o grupo editorial. O MGN também já se manifestou.

"Acolhemos com satisfação o julgamento de hoje, que dá à empresa a clareza necessária para avançar em relação aos eventos que ocorreram há muitos anos. Onde aconteceram irregularidades históricas, pedimos desculpas sem reservas, assumimos total responsabilidade e pagamos a compensação apropriada", referiu o grupo, citado pelo "Público".

Em junho, quando foi interrogado sobre as suas acusações que fazia ao MGN, o duque de Sussex disse que se sentiria injustiçado se o tribunal não concluísse que foi vítima destes crimes. Na altura, o quinto na linha de sucessão ao trono britânico pediu uma indemnização de 440 mil libras (cerca de 511 mil euros), que acabou por não conseguir arrecadar na totalidade, ainda que tenha conseguido ganhar o processo.