Um homem morreu no âmbito de uma viagem de balão de ar quente no Alqueva no passado domingo, 28 de abril, e a situação continua um mistério. Existem duas versões diferentes dos acontecimentos, onde a Proteção Civil diz que George, o homem, caiu à água depois de se sentir mal, mas a namorada garante que o vento mudou de direção e o balão acabou por bater na água.

Alexandra Santos, a companheira, explica que George “foi o herói” naquela situação. Segundo a mulher, o homem de 55 anos atirou-se à água a pedido do balonista, pois o balão mudou drasticamente de direção graças ao vento que se colocou naquele dia, refere o “Correio da Manhã”.

O balão saiu de Monsaraz e tinha como destino a zona de Mourão, no âmbito de um passeio turístico, como é habitual nesta região. No entanto, devido à descida abrupta, o balão bateu na água, “muito perto da margem”, e o balonista terá sugerido que alguns passageiros "fossem para o lado de fora para puxarem o cesto para terra".

O balão acabou por ficar mais leve, e recuperou a altitude, mas voltou a amarar pela segunda vez, agora "já mais distante da margem". George "não tinha pé na zona onde ficou", disse Alexandra ao CM, e foi o único que não regressou para o cesto. “Perdemo-lo de vista quando estava a dois metros da margem”, disse. O alerta dado ao 112, pelas 10h19, dava conta de que um dos passageiros tinha caído na água, e quando chegaram ao local, George já se encontrava na margem, mas sem vida. 

O balão, que entretanto acabou por subir, aterrou num olival privado. “À chegada fiz questão de brindar ao George”, disse Alexandra. “Foi o nosso herói, salvou as 12 pessoas que ficaram dentro do cesto. Devemos-lhe a nossa vida. Se não fosse ele, a desgraça tinha sido maior". A namorada foi surpreendida pela notícia da morte do companheiro quando já estava no autocarro de volta para casa, e disse ao CM que pensava que estava a poucos minutos do reencontro com o namorado. George, da zona de Lisboa, deixa quatro filhos. 

A morte, segundo o mesmo meio de comunicação, ainda está a ser investigada pelo Ministério Público. Apesar desta versão de Alexandra Santos, a Proteção Civil e os bombeiros tinham garantido que o homem tinha caído à água, depois de se sentir mal. Contudo, de acordo com o "Público", a vítima pediu para que o balonista aterrasse o dispositivo para que pudesse sair – e este fê-lo, mas retomou o voo de seguida. A empresa que organizou o passeio diz que não foi um  “acidente aeronáutico” e garante que o homem saiu voluntariamente do balão.