Maio começa com os festejos do Dia do Trabalhador e, este ano, com a Agenda do Trabalho Digno, em execução desde dia 1. Os objetivos do executivo liderado por António Costa, que pode consultar aqui, passam por valorizar os salários, promover a igualdade de género e “combater a precariedade laboral, melhorar as condições de trabalho e a conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional”, conforme explica a “SIC Notícias”.

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Chama-se Agenda do Trabalho Digno e de Valorização dos Jovens no Mercado de Trabalho, e estas são 10 das várias alterações que já entraram em vigor.

  1. As empresas só podem renovar contratos de trabalho temporário quatro vezes, em vez de seis. Este número acumula mesmo quando a entidade empregadora muda, desde que a função seja a mesma;
  2. Se os jovens já tiverem tido contratos a termo na atividade que vão desempenhar, o período experimental é reduzido;
  3. Depois de um despedimento coletivo ou da extinção de postos de trabalho, é proibida a utilização de outsourcing durante um ano;
  4. O trabalho totalmente não declarado passa a ser crime, punido com prisão até três anos ou multa até 360 dias;
  5. A bolsa de estágio Instituto do Emprego e Formação Profissional para licenciados aumenta para 960 euros;
  6. Os trabalhadores-estudantes passam a poder acumular o abono de família e as bolsas de estudo com o salário
  7. A licença de parentalidade exclusiva do pai passa de 20 para 28 dias consecutivos;
  8. É criada a licença por luto gestacional, que pode ir até três dias;
  9. A licença por morte do cônjuge passa dos cinco para 20 dias;
  10. Já consegue obter baixa médica através do serviço SNS 24, ou seja, sem recorrer a uma consulta num hospital ou centro de saúde. Mas a baixa só pode ser requisitada duas vezes por ano, e os dias a que tem direito não são remunerados.

Para além das soluções apresentadas, o governo relembra que a semana de quatro dias de trabalho já está em cima da mesa, com um projeto-piloto planeado ainda para 2023. Para já, são 46 empresas a dar início ao projeto em junho, adianta o Observador.