Harmony Montgomery, de 5 anos, morreu espancada pelo pai, Adam, em dezembro de 2019, em Manchester, New Hampshire, nos Estados Unidos da América (EUA). Esta quinta-feira, 9 de maio, o pai da criança foi condenado a “56 anos de prisão perpétua, totalmente consecutivos à sua sentença”, confirmou o porta-voz do Gabinete do Procurador-Geral de New Hampshire, à revista "People".

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Adam matou a filha a 7 de dezembro de 2019 e depois andou a transportar o corpo da menina de um lado para o outro durante 3 meses. Em março de 2020, livrou-se do cadáver da criança, como refere a CNN. 

Harmony nasceu em junho de 2014, e já tinha sido colocada num orfanato, uma vez que a mãe, Crystal Sorey estava a lutar contra o uso de drogas. Ao longo dos anos, a criança esteve à guarda do Departamento de Crianças e Família (DCF), em alternância com os cuidados da mãe.

Adam, apesar de não estar presente no momento de nascimento da sua filha, uma vez que estava preso, pediu a guarda de Harmony a dezembro de 2018, que foi concedida pelo juiz em fevereiro de 2019. Montgomery ficou com a custódia total da filha, no entanto, esta decisão foi contestada e esteve sob escrutínio.

A última vez que a mãe de Harmony a viu foi em 2019, através de uma chamada FaceTime. Neste seguimento, só em 2021, é que a criança é dada como desaparecida, quando Crystal alertou as autoridades. Apesar de a mãe ter comunicado o desaparecimento da filha, em 2021, a mesma já tinha morrido em 2019 às mãos do pai, embora o corpo da criança ainda não tenha sido encontrado.

Durante dois anos, Montgomery mentiu sobre o paradeiro da filha, sendo, assim, também culpado de agressão, adulteração de testemunhas, abuso de cadáver e falsificação de provas, segundo os documentos judiciais, como refere a CNN.

Kayla Montgomery, ex-mulher de Montgomery e madrasta de Harmony, testemunhou que o corpo da criança estava escondido na bagageira do carro e numa arca frigorífica. Além destes crimes, Kayla, relata que também foi agredida por Adam, quando este suspeitou que o ia denunciar, como refere a NBC Boston. 

A ex-mulher declarou-se culpada de perjúrio em 2022 e está a cumprir 18 meses de prisão, mas obteve liberdade condicional. Durante o julgamento, Kayla testemunhou que a menina de 5 anos foi espancada até à morte e que o seu corpo teria sido colocado na bagageira do carro.

O pai da criança, que está a cumprir uma pena de 33 a 67 anos por posse de armas, foi condenado "de 45 anos a prisão perpétua" por homicídio e a 11 anos pela adulteração de testemunhas, falsificação de provas e agressões de segundo grau, de acordo com o jornal “New York Daily News”. Os advogados de Adam reconhecem a culpa, dado que removeu, ocultou e destruiu de forma propositada o cadáver da filha Harmony.