As operações de resgate pelo submarino Titan, que tem cinco pessoas no interior, continuam. Contudo, o oxigénio disponível para manter vivo quem está a bordo parece já ter esgotado. Segundo os cálculos da Guarda Costeira dos EUA, o oxigénio apenas estaria disponível até às 12:08 desta quinta-feira, 22 de junho.

As autoridades dos EUA e do Canadá continuam com as operações de resgate deste submersível, que realizava uma missão de exploração aos destroços do navio Titanic. A buscas foram intensificadas depois de terem sido ouvidas sons subaquáticos na terça-feira e novamente na quarta-feira.

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A esperança em encontrar este submarino está agora num robô subaquático enviado pela França. Este aparelho apresenta dois braços manipuladores que poderia permitir desobstruir o Titan ou até mesmo anexar um dispositivo que o pudesse fazer flutuar até à superfície, apontou Alistair Greig, professor de engenharia marinha na Universidade College London, ao jornal “Daily Mail”.

Este robô subaquático tem também luzes fortes que permitem visualizar através da escuridão proporcionado pelas profundezas do oceano. Contudo, os socorristas apresentam ainda um problema, que é o facto de não saberem com precisão onde procurar o submersível.

De acordo com Rob Lartner, um investigador da British Antartic Survey, encontrar este submarino “pode levar semanas de uma pesquisa intensa”. Mas, mesmo que as equipas de busca consigam encontrar o posicionamento do Titan nestes próximos momentos, as operações de resgate ainda podem demorar algum tempo.

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Com o apoio deste robô subaquático, uma operação de resgate deste tipo levaria cerca de quatro horas. Seriam necessárias duas horas para que o aparelho fosse até à profundidade necessária e depois mais duas horas para voltar a flutuar, apontou Alistair Greig.

O resgate por estes cinco tripulantes apenas pode ser feito quando o submarino estiver mais próximo da superfície. “O veículo ao ser localizado, para serem retirados os tripulantes, nunca pode ser na profundidade, tem de ser içado à superfície para ser aberto. Pode haver apoio de mergulhadores ou de robôs aquáticos, mas tem de ser mais perto da superfície”, revelou o comandante Zambujo Moreira, em entrevista à SIC Notícias.