Suzanne Morphew, de 49 anos, desapareceu em 2020, no Dia da Mãe, nos EUA, enquanto estava a passear de bicicleta. Esta foi encontrada juntamente com o capacete perto de sua casa, Mayville, onde vivia com as duas filhas e o marido.

Suzanne e Barry aparentavam ter uma relação instável, uma vez que, a 6 de maio de 2020, a mulher teria enviado uma mensagem ao marido a pedir o fim do casamento, sendo que esta estava a manter uma relação extraconjugal com um amigo de infância, de acordo com a revista “People”.

No decorrer da investigação, as autoridades encontraram algumas provas que tornaram Barry o principal suspeito. Entre elas, uma arma de dardos e uma agulha de injetar produtos químicos a que o marido tinha acesso e as cinco idas ao lixo que fez durante a sua viagem de carro no dia do desaparecimento da mulher.

Em agosto de 2020, três meses depois do desaparecimento, Barry é considerado suspeito pelas autoridades, tendo em conta que teria tido acesso a tranquilizantes animais, segundo a CBS KKTV 11 News. Contudo, negou que tenha utilizado a substância.

Barry foi preso a 5 de maio de 2021, acusado de homicídio qualificado, bem como adulteração de provas. Durante o interrogatório, o marido de Suzanne referiu que utilizava os tranquilizantes para animais apenas quando caçava. Neste mesmo interrogatório, a polícia admitiu que não encontrou os tranquilizantes em casa.

Quase um ano depois, um juiz rejeitou as acusações contra Barry, uma vez que não foram apresentadas provas suficientes. Neste momento, o corpo de Suzanne ainda não tinha sido encontrado e as autoridades pagaram uma indemnização de 500 mil dólares (462 mil euros) a Barry. 

Em setembro de 2023, foram descobertos os restos mortais de Suzanne, em Moffat, a 80 quilómetros do local do desaparecimento, enquanto a polícia investigava outro caso. A autópsia revelou que a mãe das duas crianças foi morta, sendo que no seu corpo foi detetada uma substância presente num tranquilizante animal. Suzanne estava no período de tratamentos de quimioterapia de um cancro no sangue.

A descoberta do corpo de Morphew, em 2023, revela uma mudança na investigação, uma vez que o seu marido era, até à sua libertação, em 2022, o principal suspeito. No entanto, as autoridades encontraram o ADN de um homem desconhecido no porta-luvas do carro de Suzanne, o que levanta a hipótese do envolvimento de outra pessoa. Nestas provas, o ADN deste homem corresponde ao ADN encontrado noutras três agressões sexuais ainda por serem resolvidas noutros estados.

Barry, ao sentir que violaram os seus direitos constitucionais, interpôs uma ação judicial de 15 milhões de dólares (13,8 milhões de euros). Iris Eytan, a sua advogada, aguarda que as autoridades admitam o comportamento injusto para com o marido de Suzanne, que é declarado inocente. O desaparecimento e morte de Suzanne ainda é uma incógnita e continua a ser investigado pelas autoridades.