Nikko D’Ambrosio, de Chicago, Estados Unidos, processou 27 mulheres, um homem e várias plataformas devido a publicações negativas sobre si no grupo de Facebook “Are We Dating the Same Guy”. Numa queixa apresentada no Tribunal Distrital do Distrito Norte de Illinois, o homem afirma ter sido objeto de difamação, doxing (ação de revelar informações de identificação sobre alguém na Internet) e invasão de privacidade, entre outras alegações.

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Nikko pede uma indemnização superior a 75 mil dólares (mais de 68 mil euros) e uma medida cautelar para impedir que os arguidos continuem a fazer publicações sobre ele no subgrupo de Chicago da página da rede social.

O grupo de Facebook em questão faz parte de uma rede de grupos “Are We Dating the Same” que permite que os utilizadores discutam encontros negativos com homens nas suas comunidades locais. Existem subgrupos para muitas das principais áreas metropolitanas dos Estados Unidos e do Canadá.

De acordo com a queixa, o “Are We Dating the Same” descreveu-se como “um grupo de sensibilização para as red flags” destinado a proteger as mulheres de “homens tóxicos”. O subgrupo de Chicago conta com mais de 80 mil membros e descreve-se agora como um grupo que protege as mulheres e que “não julga os homens”.

A queixa de Nikko alega que milhares de homens foram “potencialmente difamados”, alguns sem sequer saberem, referindo que não há verificação dos factos nas declarações que os utilizadores partilham na página.

Além disso, afirma que uma mulher com quem teve relações sexuais publicou uma fotografia sua no grupo, tendo sido chamado de “psicopata” nos comentários e acusado de ter abandonado uma outra mulher depois de terem dormido juntos.

Na queixa, o homem alegou que a publicação e os comentários lhe causaram humilhação, angústia emocional e danos na sua reputação. A ação judicial também nomeia várias divisões da Meta Corporation como arguidas, acusando a empresa de lucrar com a publicidade em páginas que apresentam conteúdo difamatório e invasivo, segundo o "Business Insider". Outros arguidos são o Patreon, o site Are We Dating the Same, o GoFundMe e Paola Sanchez, fundadora do grupo em questão.