Aquelas que deviam ser umas férias de sonho para Tracey, a filha, Britt, e o genro, Liam, em Hurghada, no Egito, não passaram de um pesadelo. Isto porque a família ficou incapaz de aproveitá-las devido a uma infeção causada por picadas de mosquito, que acabaram por fazer com que os três tivessem de ficar no quarto de hotel durante todo o tempo que lá estiveram.

Tudo aconteceu em abril de 2022, quando os três decidiram que estava na altura de fazerem umas férias relaxantes. E escusado dizer que foram tudo menos isso, uma vez que foi logo na noite de chegada que a família foi picada pelos insetos. Como se isso não bastasse, nem sequer tinham água quente no quarto para conseguirem amenizar a comichão que sentiam, de acordo com o "Daily Mail".

"Fiquei quatro dias sem água quente, sem tomar banho e sem poder lavar os meus pés e tornezelos", contou Tracey ao jornal britânico. "Estava a precisar de um banho quente para poder encharcar as minhas pernas e os tornozelos, porque doíam imenso e estavam pesados", continuou a mulher de 56 anos.

Além das condições duvidosas do hotel, que cheirava a "esgoto", e das casas de banho do quarto, que eram "imundas", segundo a mulher, o facto de não poderem lavar o corpo fez com que as picadas infetassem. Rapidamente, começaram a ficar amarelas e o desconforto era tanto que quase não podia andar.

Como já não aguentava mais, Tracey chamou um médico. O profissional de saúde, que se ofereceu para observá-la gratuitamente, prescreveu-lhe um antibiótico – e, depois da consulta, voltou atrás na palavra e começou a perguntar à mulher quando é que iria pagar-lhe pela visita.

Tendo em conta que ficou impedida de fazer tudo o que tinha planeado para as férias, que iam de fazer snorkeling com golfinhos ao simples ato de bronzear-se tranquilamente na praia,  a viagem foi "inútil", contou à mesma publicação. "Há 17 anos que vou ao Egito muitas vezes e nunca tinha experienciado nada tão degradante", acrescentou.

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Mas se estar naquela débil condição física já era mau, aquilo que ia observando pelo hotel tornou as coisas ainda piores (e mais bizarras). Isto porque, além das condições precárias do resort, houve um dia em que viu um colaborador do empreendimento a ser agredido por seis homens e até houve quem deixasse um cão morto na receção. "O cão foi atirado para a frente do hotel por um membro do staff. Isto não se inventa", apontou a mulher.

A família só não se foi embora quando viu a situação a descambar, uma vez que, por ter tantas picadas, Tracey tinha medo de sofrer uma trombose aquando da viagem de avião, graças ao estado das picadas. "Senti que não tinha outra escolha a não ser ficar e continuar com os antibióticos até que, pessoalmente, me sentisse segura para voltar para casa", explicou, citada pelo jornal britânico.

Quando chegou a altura de irem para casa, a coisa também não correu bem. O transfer que devia levá-la ao aeroporto, em conjunto com a família, não chegou, pelo que tiveram de recorrer à aplicação da Uber para não perderem o voo. "Absolutamente diabólico", descreve Tracey, referindo-se a toda a experiência.

Desde então, o resort em que a família ficou hospedada fechou. A par disso, Tracey fez queixa e conseguiu com que a agência de viagens lhe reembolsasse o valor que investiu no hotel, que se fixou nas 850 libras (968 euros).