Foi um dos crimes mais horríveis cometidos por um português já neste século XXI. Foi precisamente a 6 agosto de 2001, que Luís Miguel Militão, com a ajuda de dois cúmplices, atraiu um amigo a quem devia dinheiro a Fortaleza, Brasil, para onde tinha fugido cheio de dívidas, levando dinheiro que não era dele. Militão prometeu ao amigo que se fosse ter com ele não só lhe pagaria o dinheiro em dívida, como lhe proporcionaria umas férias de luxo, com sol, praias de sonho e muitas prostitutas baratas e lindíssimas. O amigo levou mais cinco outros amigos, e o seis homens embarcaram para Fortaleza, onde foram recebidos no aeroporto por Luís Miguel Militão e os dois cúmplices. Levaram os seis portugueses numa carrinha para uma barraquinha na Praia do Futuro, onde lhes serviram muitas bebidas, até os embebedarem. Foi então que Militão fingiu ter sido amarrado por um dos cúmplices, que, disse aos outros amigos, o iria roubar. Era uma farsa. Os outros portugueses foram amarrados também, levaram-lhes o dinheiro que tinham e, depois, foram enterrados vivos. Nos dias seguintes, Militão foi usando os cartões de crédito dos portugueses para levantar todo o dinheiro que conseguia. Quando, dias depois, foi dado o alerta oficial do desaparecimento dos portugueses, Militão fugiu numa carrinha para o Maranhão, onde viria a ser apanhado.

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Condenado a 150 anos de prisão, com um cúmulo total de 30 anos, pena máxima no Brasil, Luís Miguel Militão tem tido bom comportamento na cadeira, o que lhe irá valer uma redução na pena de cinco anos. Assim, em vez de sair da cadeia em 2032, irá sair em 2027, revela o "Correio da Manhã" deste sábado, 20 de abril.

Hoje com 53 anos, Luís Miguel Militão cumpre pena pelos homicídios de Joaquim Mendes, Manuel Barros, Joaquim Martins, Vítor Martins, Joaquim Pestana e António Rodrigues. Está atualmente detido na Unidade Penal de Pacatuba, nos arredores de Fortaleza. Aproveitou o tempo de reclusão para estudar, e está neste momento a frequentar um curso superior de Pedagogia. Continua casado, tem um filho já com 20 anos, fruto de uma visita conjugal íntima a que os presos têm direito, e já está a gozar de saídas precárias de uma semana, em que pode estar fora da cadeia e tem de voltar ao fim de 7 dias.