Bella Falconi era como tantas outras mulheres que desejavam ter um peito maior. Por isso, há dez anos, a influenciadora brasileira submeteu-se a uma cirurgia para aumentar essa zona e colocou implantes de 425 ml em cada mama.

Agora, dez anos depois dessa cirurgia, optou por retirar as próteses mamárias por, alegadamente, estarem a prejudicar a sua respiração. Num longo texto publicado no seu Instagram esta quinta-feira, 14 de março, Bella Falconi explica aos seus seguidores a decisão de retirar as próteses e optar por outras mais pequenas: “Eu convivi dez anos com uma prótese de 425 ml submuscular e não me dava conta do quão prejudicial ela estava sendo para minha respiração, pelo simples facto de que o tamanho não era correto para mim”.

A publicação da influenciadora no Instagram

Acompanhada do seu médico, Gerson Julio, Falconi explica através dos Stories que o problema das próteses era mesmo o tamanho desajustado, que estaria a provocar problemas respiratórios, afundamento torácico e ainda laterização do peito.

Ângelo Rebelo, cirurgião plástico da clínica Milénio, confirma à MAGG que existem consequências se a prótese for posta debaixo do músculo. Além disso, quanto maior for a prótese, maior a probabilidade de surgirem problemas. “Cada médico tem a sua técnica e a sua forma de trabalhar, mas eu, por norma, costumo colocar as próteses por cima do músculo. O caso da Bella Falconi, para nós cirurgiões, não tem nada de surpreendente”.

O dr. Ângelo Rebelo da clínica Milénio conta quase com 30 anos de expriência

Este método, explica, tem um pós-operatório mais doloroso e apresenta algumas limitações. No caso das atletas que optem por este procedimento, por exemplo, existe uma deformação do músculo pelo elevado ritmo de exercício.

“No caso da influenciadora falou-se em afundamento torácico, mas existem outros inconvenientes”, reitera o Ângelo Rebelo. Estes passam pela atrofia do músculo peitoral uma vez que a prótese o comprime. Esse músculo fica quase “entalado” entre a glândula e a prótese e, portanto, fica com duas forças a comprimi-lo. Nas cirurgias que faz, e nas que tem de retirar a prótese mamária por baixo do músculo, repara que “existe realmente um músculo atrofiado”.

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Existe ainda outra situação que pode acontecer com o decorrer dos anos. O médico alerta que existe a possibilidade de, com este método, o tecido mamário descair e a prótese continuar no mesmo sítio: “As pessoas ficam com o que parecem duas mamas de cada lado: uma cá em cima, a da prótese, e outra que é o tecido mamário que está descaído com o passar do tempo”.