Para contar a história desta propriedade é preciso recuar a 1714. É nesse ano que surgem os primeiros registos da Quinta dos Murças, situada na aldeia de Covelinhas, a cerca de dez quilómetros do Peso da Régua. Em plena margem direita do rio Douro, esta terra pode gabar-se de ter visto ali nascer as primeiras vinhas do Alto Douro, plantadas em 1947.

Em 2008 volta a fazer-se história, quando a quinta é adquirida pelo Esporão e se torna no primeiro projeto da Herdade do Esporão na região do Douro.

"Durante uma década investimos na recuperação da adega, das vinhas e da Casa da Quinta dos Murças, que abriu a 19 de setembro", conta à MAGG José Luís Moreira da Silva, enólogo da Quinta dos Murças.

Com o cuidado de preservar todos os elementos tradicionais e características arquitetónicas, nasceu assim a Casa da Quinta dos Murças, o segundo enoturismo do Esporão (o primeiro foi a Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz) e o primeiro em que oferecem estadia. 

É assim a Casa da Quinta dos Murças

Nesta casa com apenas cinco quartos, e capacidade máxima até dez pessoas, os hóspedes podem participar nas rotinas diárias da quinta, seja no campo, na adega ou até na cozinha.

Mas vieram para descansar, e isso não foi deixado ao acaso. Neste projeto arquitetónico de João Botelho e Miguel Martins de Oliveira, há ainda amplos jardins e uma piscina. "A sala de estar, com uma varanda sobre o rio Douro, é o local ideal para relaxar, ler ou até mesmo tocar piano."

Há mais. Na sala de jantar servem-se refeições típicas da região, preparadas pela caseira da casa. As refeições custam 25€ por pessoa e por refeição. As crianças dos três aos 12 anos pagam 10€.

A par disso há muitas outras atividades, como provas de vinho e piqueniques. A Quinta dos Murças tem ainda uma loja onde é possível comprar vinho e azeite de produção própria, bem como outros produtos desenvolvidos em parceria com artesãos e artistas da região.

O projecto arquitetónico é de João Botelho e Miguel Martins de Oliveira. Já a decoração ficou a cargo do atelier Anahory Almeida, e teve "como ponto de partida as fotografias de Duarte Belo, que retratam o passado da casa e a sua estética de influência inglesa, como grande parte das casas do Douro."

"Era importante que o espaço respeitasse os elementos tradicionais da região e que em simultâneo fosse dotado de todo o conforto necessário para proporcionar uma autêntica experiência de Casa de Quinta do Douro."

Consoante a época, uma noite num quarto duplo custa entre 140 e 180€ por noite. A casa inteira varia entre 600 e 750€ a noite. O pequeno-almoço está incluído na estadia.