A gula noturna é uma espécie de bicho papão para quem quer manter o peso ou emagrecer. Mas uma coisa é vontade de comer e outra — bem diferente — é fome. Quando o organismo está a gritar por comida, o melhor é fazer-lhe a vontade. Se souber escolher os alimentos e nutrientes certos, nas quantidades saudáveis, acredite, não vai somar quilos aos que já tem.

“Devemos ir para a cama saciados, realizando uma refeição que promova essa mesma sensação”, explica a nutricionista Catarina Nunes. Comer demasiado antes da hora de dormir, poderá prejudicar o sono, mas ir com o estômago vazio e a gritar por comida também. Neste cenário, “é importante realizar uma ceia, que deve ser uma refeição ligeira que impeça que ataquemos o frigorífico a meio da noite, mas também que evite deitarmo-nos de barriga cheia.”

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É uma refeição opcional, mas há muitos que não passam sem ela, sobretudo os que jantam muito cedo ou saem tarde do escritório. Deve ser ligeira, mas com o tal "poder saciante”, promovido, sobretudo pela proteína, presente no leite e derivados, ovos, carne ou até peixe.

Os alimentos que são fontes de proteína — principalmente caseína, que é de absorção lenta —, podem ser interessantes como ceia devido ao seu poder saciante, aumentando, em simultâneo, a síntese proteica”, diz a nutricionista. “Se treinarmos no período da noite ou no final de tarde, poderá ser adicionada uma fonte de hidratos de carbono.”

Veja quais os alimentos que deve comer antes de dormir

Por outro lado, quem procura aumentar peso, poderá adicionar calorias, vindas de “uma fonte de gordura como os frutos secos ou sementes. Na lista dos que se devem evitar ficam os "alimentos ricos em hidratos de carbono, principalmente refinados”. Isto é, bolachas, cereais ou pão, por exemplo.

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“Há vários pontos que nos fazem ponderar o consumo deste macronutriente: perto da hora de dormir há uma maior absorção de hidratos de carbono e a ingestão à noite de uma refeição faz com que a diminuição da oxidação de gordura seja ainda maior do que realizar essa refeição de manhã”, diz. “Outro ponto negativo é que a produção de insulina é inferior à noite, o que faz com que a glicémia [açúcar no sangue] suba mais.”