Sónia Peixoto estava a caminhar numa rua do Porto quando se cruzou com uma amiga de longa data. Estava muito diferente: se antes era comparada à Bárbara Guimarães, agora estava com muitos quilos a mais e um olhar vazio e perdido. Naquele momento, recordou-se que a amiga estava com uma grande depressão. Naquele momento também, pensou que tinha de fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para falar com ela como se estivesse tudo bem, como se não notasse nenhuma diferença.

Tentou fazê-lo. Em vez disso, porém, parou na frente dela completamente bloqueada, sem conseguir dizer nada. “Tu não me conheces, pois não?”, perguntou-lhe a amiga. Sónia Peixoto começou a chorar. Sabia perfeitamente quem é que ela era. Sabia perfeitamente que eram amigas há muitos anos, que os seus pais eram amigos dos pais dela. Sabia tudo isso. Mas não se recordava do seu nome.

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“Eu só chorava”, recorda à MAGG Sónia Peixoto. “Acho que entrei em stresse porque não queria mostrar-me admirada com o estado dela, e acabei por bloquear. Eu sabia, eu sabia perfeitamente quem é que ela era, mas não me lembrava de como se chamava. Foi uma frustração interna terrível.”

Tinha 29 anos quando teve um burnout. Sónia Peixoto começou por sentir suores frios e dormência nas extremidades das mãos, mas desvalorizou por achar que seriam consequências das horas gastas ao computador. Passou a ir a correr para a casa de banho a chorar, a ter desmaios com frequência e perdas de memória constantes. Na pior fase do esgotamento tinha o corpo cheio de feridas devido ao contacto do suor com a roupa. Um ano antes de se despedir, e mudar finalmente de vida, teve uma paragem cardíaca a fazer rappel num evento da empresa.

Foi em abril de 2000 que Sónia Peixoto entrou para uma agência de publicidade. Responsável pelo departamento de promoções e eventos, não demorou muito a acumular não duas, não três mas sim cinco funções diferentes. Tinha 14 clientes diretos e alguns clientes internos. Durante quatro anos, não parou — dormia duas a três horas por noite, estava constantemente a trabalhar.

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Os primeiros sintomas surgiram devagar e silenciosamente. “No início aconteciam antes de um grande evento, ou num momento de pressão. Depois começaram a crescer e a tornarem-se cada vez mais frequentes.”

As perdas de memória eram um dos episódios mais frequentes. “De repente já não me lembrava de quem eram as pessoas. Começava a hiperventilar porque tinha consciência de que as conhecia”.

Sónia Peixoto recorda um episódio que teve durante uma apresentação a um cliente. Não se podia dizer que estivesse numa situação de stresse — eram pessoas que a portuense conhecia bem, e reuniões como aquelas aconteciam todas as semanas.

“Recordo-me que ia apresentar uma nova ideia e, na sala de reuniões, fiquei a olhar para eles. Com o Powerpoint atrás de mim, pensei: ‘O que é que estou aqui a fazer?’. Tive uma branca.”

Incapaz de reagir, Sónia entrou em stresse e desmaiou. “Só me lembro de estarem os dois à minha volta com água com açúcar. Foi a primeira vez que tive noção de que a minha situação era grave.”

Quando acordou, estava a receber uma massagem cardíaca

Foi na semana a seguir que se cruzou com a amiga e foi incapaz de se lembrar do seu nome. Entre lágrimas, Sónia Peixoto contou-lhe o que se andava a passar há já mais de um ano. Ela sugeriu-lhe que fosse ao seu psiquiatra e assim foi. Só que as coisas não correram bem: o médico insistiu que ela deveria ter um problema com a liderança masculina, provavelmente devido ao divórcio dos seus pais, algo que não fazia qualquer sentido para a portuense — além de sempre ter tido ótimas relações com os seus superiores, na maioria homens, também não tinha de todo uma relação distante com o pai.

Ainda assim, Sónia aceitou ir a uma segunda consulta. “O psiquiatra adormeceu a meio. No final acordou e disse-me que tinha de tomar medicamentos. Perguntei-lhe para que eram e ele respondeu-me: ‘Este é para dormir, este é para acordar e este é para andar bem-disposta.” Quando saiu do consultório, Sónia Peixoto guardou o papel no bolso. Nunca chegou a ir à farmácia.

Só que a situação de burnout continuou. No verão de 2003, um ano antes de se despedir, chegou o evento de encerramento da empresa — apesar de Sónia continuar a trabalhar, a agência fechava durante uns meses. O programa foi organizado por ela, e incluía trekking pela serra da Lousã, rappel e no final um jantar num restaurante rústico.

Começaram a caminhar às 10 horas. Divididos por grupos de seis pessoas, cada um acompanhado por um monitor, por volta das 19 horas chegaram ao topo de um penhasco. Como ninguém queria ser o primeiro a aventurar-se, Sónia ofereceu-se para o fazer. Totalmente equipada, caminhou em direção ao precipício.

“O monitor chamou-me e disse: ‘Olha, tem cuidado. Quando saltares, salta bem para a frente e segura bem o colete porque és pequenina (tenho 1,50 metros) e esses coletes são para gente grande’. E começou a brincar: ‘Para a próxima tenho de trazer um de criança’.”

Comecei a mexer a mão esquerda e estava dormente. Pensei que era um dos ataques que tinho no escritório, mas depois só me lembro de levar a mão à boca e sentir os lábios dormentes, como se tivesse estado no dentista”

Com as palavras do monitor em mente, Sónia preparou-se para saltar. Quando olhou para baixo, porém, sentiu uma náusea. “Comecei a mexer a mão esquerda e estava dormente. Pensei que era um dos ataques que tinha no escritório, mas depois só me lembro de levar a mão à boca e sentir os lábios dormentes, como se tivesse estado no dentista.”

Sónia tentou falar, mas o que lhe saiu pela boca foi um som distorcido. Naquele momento o monitor apercebeu-se de que havia algo errado e agarrou-a pelo colete, puxando-a para trás. Quando Sónia acordou, tinha o colete aberto e estava a receber uma massagem cardíaca.

“Eu sou médico do INEM. Foi a tua sorte”, disse-lhe o monitor. No meio da serra, Sónia foi levada às costas até à praia fluvial. “Quando cheguei estava exausta, cansadíssima, não conseguia sequer manter os olhos abertos. Já no restaurante, ele mediu-me tudo e mais alguma coisa e prescreveu-me imensos exames. ‘Por mim tu seguias já para Lisboa [onde vivia o monitor]’, disse-me. ‘Neste momento não vale a pena mandar-te para um hospital, aqui não conheço nada, portanto ou vais comigo para Lisboa ou vais para o Porto’.”

Sónia Peixoto decidiu ir para o Porto. O médico confirmou que tinha tido uma paragem cardíaca e aconselhou-a a fazer exercício físico e a deixar de fumar. Não foi a resposta imediata para todos os problemas: no início as idas ao ginásio tornaram-se em mais uma tarefa a acrescentar à sua vida, uma vez que saía do trabalho a correr à hora do almoço para ir treinar. O stresse das horas, as filas para as máquinas e a música ensurdecedora acabavam por deixá-la ainda mais tensa.

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Mas houve outras coisas que decidiu mudar. Começou a fazer caminhadas e a desligar o telemóvel ao fim de semana. Nem sempre era fácil — bastava alguém ter um toque igual ao seu para começar a ter suores frios e a hiperventilar. A situação manteve-se até ser chamada para apresentar uma proposta para realizar o evento de abertura de um centro de terapias Ayurveda, um sistema da medicina tradicional indiana. Uma vez que tinha de se informar sobre o evento que ia organizar, começou a pesquisar mais e mais sobre o tema. Acabou por ir a um centro de retiros no Porto experimentar uma sessão de meditação.

“Odiei porque estive sentada uma hora no chão, de pernas cruzadas. Tudo em silêncio e eu hiperativa. Estar ali uma hora foi uma tortura. Não gostei, mas na semana a seguir estava lá outra vez.”

Na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa existem vários estudos sobre burnout em várias áreas laborais, explica Maria José Chambel. Entre as profissões de risco estão os enfermeiros, professores, trabalhadores em call-centers.

Sónia Peixoto acabou por se tornar budista. E tomou a decisão de se despedir: depois de um ano a reduzir a quantidade de trabalho o mais possível e a juntar dinheiro, despediu-se. Estávamos em abril ou maio de 2004. A situação tinha agravado-se de tal forma que Sónia tinha o corpo todo cheio de feridas, devido ao contacto do suor com determinadas peças de roupa. Isso, juntamente com a ansiedade, os ataques de choro, as perdas de memória e tantos outros sintomas, desapareceram.

“Continuo a organizar eventos, a fazer dezenas de coisas, mas nunca mais consegui voltar a integrar-me numa 'estrutura doente'. Não foi o volume de trabalho em si que me levou ao burnout — ainda hoje faço imensas coisas ao mesmo tempo. Foi a falta de organização e de respeito pelo trabalho uns dos outros. Era um sacudir da água do capote. Os líderes de hoje em dia põem as pessoas doentes. Há muito má gestão dos recursos humanos.”

Sónia nunca chegou a ser diagnosticada com burnout. “Na altura não se falava nisso.” Olhando para trás, porém, consegue perceber que foi exatamente isso que aconteceu. Atualmente está envolvida em vários projetos que pretendem mostrar precisamente como é preciso mudar mentalidades nas organizações — é o caso da Samurai Mental Training, New Mind Set e Encontros com o Medo.

Afinal, o que é isso do burnout?

Maria José Chambel, psicóloga do trabalho e das organizações, e professora na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, explica: “O burnout é um síndrome de stresse crónico vivido no contexto de trabalho. Ocorre quando existe uma situação prolongada no tempo em que a pessoa está a viver um conjunto de situação no local de trabalho, caracterizado por exigências ou condições negativas às quais não consegue dar resposta.”

Não se pode falar em burnout em situações esporádicas. Não se pode falar em burnout quando há excesso de trabalho durante uma semana ou mesmo um mês, mas que as pessoas sabem que vai terminar em breve. O problema é quando o excesso de trabalho é sistematicamente excesso de trabalho, continua a especialista.

Acordar mais cansada do que quando se deitou é a primeira característica que ocorre habitualmente nas pessoas que adoecem com burnout. “É o primeiro sinal: exaustão.”

Burnout não é só exaustão, porque a exaustão está mais próxima daquilo que habitualmente chamados de stresse. É, além desse stresse, o desinteresse que passa a ter pelo trabalho”

Na fase seguinte, a exaustão mantém-se mas o trabalho também. Isso leva a um desinteresse pelo trabalho, pelas tarefas a desempenhar. “É a segunda característica que realmente caracteriza o burnout. O burnout não é só exaustão, porque a exaustão está mais próxima daquilo que habitualmente chamados de stresse. É, além desse stresse, o desinteresse que passa a ter pelo trabalho.”

Perante este estado, e sem alterações no trabalho, geralmente surgem outros sinais físicos, “do foro psicológico ou mesmo fisiológico. Por isso, às vezes é difícil o diagnóstico do burnout. Isto acaba por contagiar outras áreas e é confundido com outras doenças — que podem já ser uma consequência do burnout.”

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Quando a situação se mantém sem alterações, podem surgir outros problemas mais graves — que podem variar de pessoa para pessoa. “Não é possível dizer quais são. Existem estudos que demostram uma relação com doenças cardíacas, dificuldades do sistema imunológico geral, problemas de estômago, gastroenterites, etc.. Isso depois depende do conjunto de características de cada pessoa.”

“Levantava-me de manhã, chegava à casa de banho e desmaiava”

Rita Lopes tinha 24 anos quando teve um burnout. Na altura era responsável pelo departamento logístico de uma empresa de mobiliário e, aos poucos, foi absorvendo cada vez mais funções. “Às tantas tinham demitido três pessoas e eu estava a fazer o trabalho delas”, conta a lisboeta de 37 anos. “Comecei a ter de fazer cada vez mais horas, eles dependiam absolutamente de mim.”

O trabalho parecia nunca chegar ao fim. Quando a empresa começou a receber projetos cada vez maiores, Rita levava trabalho para casa e era habitual trabalhar durante a madrugada. “Sem me aperceber, estava a dormir cada vez menos, em média quatro horas por noite.”

Levei um relatório do médico a dizer que precisava de diminuir a carga horária, mas responderam-me que nem pensar. Ainda fizeram pior"

Os primeiros sinais de que algo de grave se passava surgiram com os desmaios. “Comecei a ter desmaios inexplicáveis. Levantava-me de manhã, chegava à casa de banho e desmaiava.”

A par disso, começou a ficar cada vez mais deprimida. Chorava regularmente e tornou-se numa pessoa negativa, algo que nunca tinha sido antes. Os seus temas de conversa giravam regularmente à volta do trabalho e em sentimentos de autocomiseração.

Houve uma altura em que a mãe de Rita bateu o pé e obrigou-a a ir ao médico. O especialista disse-lhe que não tinha dúvidas de que a jovem estava com um esgotamento, e receitou-lhe um anti-depressivo e um ansiolítico.

“Levei um relatório do médico a dizer que precisava de diminuir a carga horária, mas responderam-me que nem pensar. Ainda fizeram pior.”

Fizeram, de facto. Além do ritmo não abrandar, a patroa de Rita ofereceu-se para levantar a receita, uma vez que a mãe tinha uma farmácia. Quando chegou ao trabalho e lhe deu os medicamentos, a jovem reparou que na caixa do antidepressivo dizia que este devia ser tomado à noite. Rita lembrava-se perfeitamente de o médico lhe ter dito para o tomar de manhã.

“Disse-lhe isto e ela respondeu-me: ‘Rita, nem penses em tomar isso de manhã, senão não vens funcional.”

A jovem ainda aguentou mais algum tempo. Até à noite em que, já passava das 20 horas, estava sozinha no escritório com o patrão. “Ele estava a falar com um freelancer ao telefone e disse-lhe: ‘Mas queres vir cá? Claro que podes vir. Eu vou jantar agora, mas a Rita está sempre cá. Ela dorme cá’.”

Foi a gota de água: “Foi nesse dia que apresentei a carta de demissão. Mais tarde fizeram-me propostas para voltar, mas nunca mais aceitei.”

Rita Lopes esteve quatro anos naquela empresa. Quando saiu, precisou de apenas um mês para voltar a trabalhar. Nem sempre foi fácil gerir a sua dedicação à empresa, e não se deixar entusiasmar pelos projetos. No entanto, conseguiu.

“A proatividade é uma característica um bocadinho patológica em mim, mas aos poucos consegui ser mais comedida. Daquela forma nunca mais o fiz. Voltei a trabalhar horas a mais, envolvi-me em projetos pessoais do administrador, fui para Londres e para o Dubai. Continuei a dar muito de mim, mas daquela forma nunca mais.”

“Todos os dias chorava antes de ir para o trabalho”

Foi há dois anos e meio que Lília Lopes enfrentou uma situação de burnout. Hoje com 26 anos, na altura a jovem natural de Vila Franca de Xira vivia em Lisboa e fazia recolha de dados em estabelecimentos de comércio.

“O trabalho era muito desgastante. Trabalhávamos de segunda-feira a sábado, das 10 às 19 horas, com poucas pausas. Andava na rua entre 13 a 20 quilómetros por dia. Não havia reconhecimento por parte da equipa que ficava no escritório a tratar destes dados.”

A desmotivação com o trabalho tornou-se constante. Além de dar formação a jovens trabalhadores que via mais tarde passarem à sua frente, todas as promessas de melhoria da situação laboral eram vãs.

Passado uns meses fui despedida. Fiquei logo muito melhor. Claro que chorei, mas porque tinha acabado de sair de casa dos meus pais e tinha contas para pagar. Só por isso"

“Estive dois anos nesta situação. Uma pessoa começa a bater com a cabeça nas paredes. Todos os dias de manhã chorava antes de ir para o trabalho. Só falava naquilo, mesmo com amigos e família. Estava obcecada.”

Foi em exames de rotina que Lília Lopes percebeu que algo de errado se passava. O médico de clínica geral disse-lhe que era provável que estivesse com uma depressão, o cardiologista falou-lhe em esgotamento. Mais tarde foi a outro hospital, onde um novo especialista lhe disse que o seu problema era psicológico e estava relacionado com o trabalho.

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“Passado uns meses fui despedida. Fiquei logo muito melhor. Claro que chorei por me terem despedido, mas porque tinha acabado de sair de casa dos meus pais e tinha contas para pagar. Só por isso é que chorei. Não foi pelo trabalho.”

Vivemos numa era do burnout?

Na opinião de Maria José Chambel, psicóloga do trabalho e das organizações, é preciso olhar para os dois lados. Há de facto empresas que não sabem gerir recursos humanos e que olham para os seus trabalhadores como sendo apenas máquinas ou números. Mas há também cada vez mais organizações que valorizam e entendem a importância da saúde mental dos seus colaboradores.

Em 2012, João Marôco, professor e investigador do Instituto Superior de Psicologia Aplicada, realizou um inquérito a alunos de várias áreas do ensino superior, privado e público da região de Lisboa. Conclusão? 15% dos estudantes apresentavam níveis moderados a elevados de burnout. O investigador alertou ainda para o uso cada vez mais frequente entre os jovens de substâncias psicotrópicas, drogas e medicamentos para combater esse estado de exaustão emocional e descrença na utilidade dos estudos.

“Há uns anos, tenho encontrado uma forte preocupação nas empresas para perceber o que é se passa com as pessoas e que temos de fazer alguma coisa juntos para ultrapassar as situações de stresse. Ainda ontem [20 de março], por exemplo, estive num seminário na EDP Distribuição, onde me pediram para eu falar sobre o stresse no contexto de trabalho e o que é que pode ser feito para o atenuar, particularmente em pessoas que têm de repor a eletricidade quando há um problema — neste caso concreto foi devido aos fogos.” Isto serviu para elaborar um programa extenso, que vai ser aplicado a todos os trabalhadores da empresa com o intuito de ajudar com estas situações.

(Artigo originalmente publicado em março de 2018 pela jornalista Marta Gonçalves Miranda)