No Bangladesh, os miúdos mexem-se mais. Na Coreia do Sul, a realidade é bem diferente. São estes o primeiro e último lugar do estudo global, cujos dados foram divulgados esta quinta-feira, 21 de novembro, pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Mostram os níveis de atividade física de miúdos entre os 11 e 17 anos em 146 países do mundo.

Com os piores resultados no ranking, logo depois da Coreia do Sul, ficaram as Filipinas, o Camboja e o Sudão, com números preocupantes: em todos estes países mais de 90% dos miúdos são inativos.

Portugal está em 79.º lugar do ranking — ou seja, na metade mais inativa do mundo. Os números também não são satisfatórios: 84,3% são sedentárias, ou seja, não realizam uma hora de exercício físico diário — o que significa que apenas 15,7% dos jovens portugueses com as idades abrangidas pelo estudo seguem a rotina de atividade física saudável e recomendada.

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A China, Granada e Santa Lúcia, no mar das Caraíbas, e o país árabe Kuwait têm percentagens iguais à de Portugal. A Grécia, Suíça, Suécia, França ou Rússia têm resultados piores.

Os números mais positivos, e mesmo assim aquém do desejável, estão no Bangladesh (66,1% das crianças são inativas), Eslováquia (71,5% das crianças são inativas) e Irlanda (71, 8% das crianças são inativas), seguindo-se os Estados Unidos, a Bulgária e a Albânia.

Os dados divulgados pela OMS mostraram também que as raparigas são menos ativas do que os rapazes em todo o mundo, exceto em quatro dos 146 países abrangidos: Tonga e Samoa, ambos na Oceania, e ainda o Afeganistão e a Zâmbia.

“Agora é necessária uma ação política urgente para aumentar a atividade física, principalmente para promover e reter a participação das raparigas na atividade física”, disse Regina Guthold, autora do estudo.

Segundo a investigadora, o exercício é uma prática fundamental para os jovens, uma vez que contribui para o desenvolvimento saudável do coração, pulmões, ossos e músculos, ajudando esta faixa etária a manter um peso saudável — o que evita uma série de doenças decorrentes do excesso de gordura acumulada.

Mark Tremblay, do Children’s Hospital, do Ontario Research Institute, no Canadá, comentou os resultados na revista científica "The Lancet Child & Adolescent". Atribui à “revolução eletrónica” a causa para tantas mudanças em hábitos de vida, incluindo o aumento de inatividade física:

“As pessoas dormem menos, sentam-se mais, andam com menos frequência, conduzem com mais frequência e fazem menos atividade física do que costumavam”, disse, acrescentando que “a inatividade física é o quarto principal fator de risco para morte prematura no mundo.”

Estes são os países com os piores resultados: 

1. Coreia do Sul (94,2% das crianças são ativas, menos de uma hora por dia)
2. Filipinas (93,4%)
3. Camboja (91,6%)
4. Sudão (90,3%)
5. Timor-Leste (89,4%)
6. Zâmbia (89,3%)
7. Austrália (89%)
8. Venezuela (88,8%)
9. Nova Zelândia (88,7%)
10. Itália (88,6%)

Estes são os países com os melhores resultados (sendo maus na mesma):

1. Bangladesh (66,1% das crianças são ativas durante menos de uma hora por dia)
2. Eslováquia (71,5%)
3. Irlanda (71,8%)
4. Estados Unidos da América (72%)
5. Bulgária (73,3%)
6. Albânia (73,9%)
7. Índia (73,9%)
8. Gronelândia (73,9%)
9. Finlândia (75,4%)
10. República da Moldávia (75,7%)

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