Outubro é o mês internacional de prevenção do cancro da mama, celebrando-se o Dia Mundial da Saúde da Mama a 15 de outubro. Com o objetivo de consciencializar para a importância da fazer exames de rotina, a jornalista Ali Meyer, de 41 anos, decidiu filmar o momento em que fez a primeira mamografia no Centro de Cancro Stephenson, na cidade de Oklahoma, Estados Unidos.

O vídeo foi filmado em direto em outubro do ano passado e, ao contrário do que esperava, aquilo que seria apenas uma pequena mamografia de rotina revelou-se um problema mais sério quando recebeu o diagnóstico de cancro da mama.

A 2 de novembro de 2018, uma semana depois de receber os resultados, a jornalista publicou um vídeo no Facebook a contar o que aconteceu desde o dia em que filmou o exame em direto.

"Há uma semana juntaram-se a mim na minha primeira mamografia. Tenho 40 anos e não tinha sintomas. Não tinha nódulos, não havia preocupações. Fiz uma mamografia só para aumentar a consciencialização sobre cancro da mama", conta Ali.

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Ali continua o vídeo revelando que ficou chocada quando os resultados da mamografia mostraram irregularidades. Acabou por fazer uma biópsia que confirmou cancro da mama com duas metástases na mama direita.

"Não tenho uma tonelada de perguntas ainda", diz, acrescentando que naquele momento era ainda cedo para saber em que fase é que o cancro estava. Contudo, a jornalista mostrou esperança e confiança na equipa médica que a iria acompanhar.

"Eu sinto-me com força para lutar e para procurar a maior quantidade de informação que conseguir sobre a forma de garantir que consigo ultrapassar isto e que nunca mais volta", confessa.

E a verdade é que conseguiu mesmo, tal como revelou esta quarta-feira, 30 de outubro, ao canal de notícias KFOR Oklahoma's News 4.

Ali teve de fazer uma mastectomia, e apesar de dizer que ao início "parecia uma mutilação forçada, como se o cancro estivesse a roubar parte do meu corpo", a cirurgia de reconstrução acabou por ser uma sucesso.

"Sei que nem todos os percursos são iguais, mas sei isto sobre o meu: as minhas opções cirúrgicas, a minha recuperação e o meu resultado foram todos melhores porque a minha mamografia detetou o cancro antes de eu sequer saber que ele lá estava".

O final da reportagem divulgada na quarta-feira, um ano depois de Ali descobrir em direto que tinha cancro da mama, acaba com uma boa notícia. "Estou emocionada e aliviada por dizer-lhe isto: tudo limpo", revela, terminando com um abraço ao radiologia Richard Falk, que detetou o cancro da mama à jornalista.