Um estudo neozelandês encontrou uma relação entre a velocidade a que as pessoas caminham e o surgimento de doenças como demência e Alzheimer. De acordo com a investigação, publicada a 11 de outubro, a velocidade pode colocar uma pessoa em risco destas doenças décadas antes de surgirem os primeiros sintomas.

Há mais. Os cérebros e os corpos de quem anda a um ritmo mais lento estão mais envelhecidos aos 45 anos, garante o estudo, em comparação com pessoas da mesma idade, mas que optam por caminhar rapidamente. Os pulmões, dentes e sistemas imunitários dos indivíduos do primeiro cenário também estão em pior estado, quando comparados com as pessoas mais rápidas.

O autor principal da investigação, Line Rasmussen, um neurocientista da universidade de Duke, salientou que os sinais de uma doença "podem ser detetados na meia idade com uma simples teste de esforço", escreve o "Daily Mail".

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O estudo teve uma amostra de 904 pessoas, seguidas desde o seu nascimento até aos 45 anos, que foram testadas através dos mais diferentes métodos e exames, incluindo ressonâncias magnéticas ao cérebro ao longo de mais de quatro décadas.

As ressonâncias magnéticas mostraram que quem caminhava mais devagar tendia a ter menos volume cerebral, menos área cerebral e uma maior incidência de massas associadas a doenças dos vasos cerebrais. Resumindo, os cérebros aparentavam estar mais envelhecidos.

Analisando os resultados, os autores admitem que algumas escolhas de estilo de vida podem ter condicionado o surgimento de doenças ou envelhecimento do cérebro e outros órgãos, mas salientam que existiam sinais precoces, logo nos primeiros anos de vida, que indicavam que seriam pessoas que caminhariam lentamente.