Foi um dia histórico para o Irão. Depois de, em 1979, as mulheres terem sido impedidas de entrar nos campos de futebol no país, o jogo desta quinta-feira, 10 de outubro, marcou o fim deste período de opressão. Numa partida contra o Cambodja, entre os adeptos estava uma plateia feminina de mais de duas mil mulheres.

Foi como forma de proteger as mulheres que, há 40 anos, no pós-revolução islâmica, o governo justificou a proibição da entrada de mulheres nos estádios. Desde esse período não se tinham assistido a grandes manifestos, ou pelo menos que fizessem repensar a medida.

No entanto, em março, Sahar Khodayari fez suscitar uma vaga de protestos nas redes sociais. Depois de ter sido presa ao tentar entrar num estádio, Sahar matou-se pegando fogo ao próprio corpo em frente ao tribunal, como forma de revolta.

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Com as atenções voltadas para esta medida, a FIFA deslocou-se até à capital iraniana onde reuniu com responsáveis governamentais. Deste encontro resultou a permissão das mulheres voltarem a entrar nos estádios de fubebol.

Para o jogo desta quinta-feira, 10 de outubro, no estádio Azadi, foram atribuídos quatro mil lugares ao sexo feminino, separados dos assentos dos homens, num estádio com capacidade para 80 mil espectadores. As autoridades iranianas forneceram segurança especial, bem como polícias do sexo feminino para a partida de qualificação asiática para o Mundial de 2022.

O Irão é a última nação do mundo a proibir mulheres em partidas de futebol. Recentemente, a Arábia Saudita começou a permitir que as mulheres pudessem assistir aos jogos.

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