Atualmente há cerca de 50 milhões de pessoas que sofrem de demência. Grande parte das vezes perdem a independência, o raciocínio e a memória ficam afetadas e, por vezes, até o corpo deixa de reagir da mesma forma. O tipo mais comum de demência é o Alzheimer, mas há outros.

Com o objetivo de combater esta doença, há médicos a recorrer à realidade virtual para permitir aos pacientes conviver com dinossauros. Isto porque um estudo da St. Andrew's Healthcare e da Universidade de Kent experimentou fazê-lo com um grupo de oito pacientes com demência, entre os 41 e 88 anos, com o intuito de evocar memórias novas e antigas. Neste estudo, foram feitas 16 sessões de realidade virtual.

Um dos pacientes que fez parte deste estudo, Drew, assistiu, através dos óculos de realidade virtual, a um dinossauro a andar pela floresta e comentou: "Nunca vi nada assim." O paciente acabou por partilhar aquilo que viu com os outros pacientes da enfermaria, o que leva os especialistas a perceber que esta experiência deixou uma impressão duradoura em Drew. Além disso, acreditam também que, com este método, desbloqueiam memórias do passado.

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"Isto demonstra que a realidade virtual pode ser outra ferramenta que ajuda as pessoas que vivem com demência a aumentar a sua qualidade de vida. Esperamos que no futuro possamos personalizar esta experiência para cada paciente ao nosso cuidado, para que, por exemplo, tenham a oportunidade de revisitar memórias de sítios do seu passado", explicou ao "LADbible" Inga Stewart, psicóloga clínica.

Para os especialistas, esta experiência vai mais além do momento em que a fazem. "Há um elemento social significativo aqui. Depois de cada sessão, as pessoas contam umas às outras sobre a experiência. Experiências como estas, que são fora do comum, também dão a oportunidade às pessoas de criar novas conversas e interação social", explica.

Ingrid Stewart acredita que já não falta muito até a realidade virtual ser usada de forma mais recorrente na medicina: "Acho que estamos perto. Aqui no St. Andrew's Healthcare usamos cada vez mais a realidade virtual numa vertente clínica. Demos conselhos a outros centros sobre como usá-la clinicamente, com o máximo de impacto na vida das pessoas com demência."

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