Quem teve uma infância bem vivida, de certeza que conhece a famosa história do Winnie The Pooh. E se lhe dissermos que os ursos adoram mesmo mel, e que não é apenas nos livros infantis que estes animais enfiam a cabeça em potes? Na Turquia, o apicultor Ibrahim Sedef percebeu isso da pior maneira: os ursos não largavam as suas colmeias, mesmo depois de tentar (quase) tudo para os manter longe delas.

Primeiro instalou gaiolas de aço à volta das colmeias. Infelizmente estas não foram um obstáculo para os ursos, que acabaram por as derrubar. Depois decidiu reforçá-las com cimento mas os ursos cavaram o solo ao redor e sob as gaiolas. Ainda tentou colocar as colmeias em cima do estábulo, pensando que os animais não chegavam lá, mas mais uma vez os ursos arranjaram solução para o problema: subiram às árvores, comeram o mel todo e deslizaram novamente para o chão.

Sem saber o que fazer mais, Ibrahim decidiu mudar de estratégia. Em vez de continuar a pensar em formas de lutar contra os animais, o homem decidiu ceder e dar-lhes algo útil para fazer — testar o mel. O turco montou câmaras de visão noturna e colocou o mel em diferentes recipientes, deixando os ursos escolherem qual deles gostavam mais.

Depois de várias experiências, o apicultor descobriu que os animais comiam sempre o mesmo mel. O que menos gostavam era o de cerejeira, que normalmente ignoravam, mas o de eleição era o Anzer. Este tipo de mel, composto por vitamina C e ferro, é uma escolha acertada para a sua saúde, uma vez que é utilizado para tratar doenças como amigdalite, problemas de digestão e condições da pele.

E o que tem de saudável também tem de caro, uma vez que um quilo deste mel custa cerca de 270€. Parece muito, mas está longe de ser o mais caro. O mel élfico, também produzido na Turquia, pode chegar aos cinco mil euros por quilo.