Estávamos em 1988 quando "Os Versículos Satânicos" de Salman Rushdie chegou às livrarias. A história passa-se na Índia e na Inglaterra e acompanha as aventuras de duas personagens que sobrevivem a um ataque terrorista à bomba durante uma viagem de avião. Apesar de escaparem à morte certa, um deles passa por uma enorme transformação — crescem-lhe chifres, cascos e uma cauda.

Embora o livro tenha sido muito bem recebido pela crítica, gerou controvérsia em vários países e houve até quem o queimasse. No Irão, no entanto, a reação foi muito mais violenta e Ruhollah Khomeini, Líder Supremo do Irão, lançou uma fatwa (um decreto religioso islâmico) condenando o escritor à morte.

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Desde então que Salman Rushdie já sobreviveu a várias tentativas de assassinato e a recompensa pela sua morte já ronda os cerca de 540 mil euros. A fatwa, no entanto, foi decretada a todos aqueles que estiveram envolvidos na publicação do livro.

Hitoshi Igarashi, tradutor japonês da obra de Rushdie, foi assassinado em 1991. No mesmo ano, também Ettore Capriolo, tradutor italiano, foi atacado violentamente mas conseguiu sobreviver. Na Noruega, William Nygaard foi o responsável pela publicação do livro no país e, como consequência, sofreu três disparos durante uma tentativa de assassinato. 

Apesar da violência que acompanhou a publicação de "Os Versículos Satânicos", a verdade é que o livro foi um dos mais vendidos no ano seguinte à sua publicação, 1989. Anos antes, em 1984, era o livro "The Sicilian" de Mario Puzo a bater recordes de vendas. Mas há mais.

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