Desde pequeno que Adam Smith, agora com 37 anos, olhava para o congelador da mãe e achava que havia algo estranho. Uma caixa branca embalada num saco no fundo do congelador acompanhou-o toda a vida, mesmo quando mudaram de casa, o que aconteceu quatro vezes — incluindo uma das casas onde viveram 25 anos. Ainda assim, não fazia ideia do que estava lá dentro.

Smith lembra-se de ter curiosidade e querer saber o que era aquela caixa quando era mais novo. Ao crescer chegou mesmo a tentar abrir o conteúdo misterioso, mas acabou por se contentar com o pensamento de que seria uma caixa com decorações de bolo de noiva.

Depois de em janeiro a mãe de Adam Smith ter sido diagnosticada com cancro no pulmão, este mudou-se para a casa da progenitora, no Missouri, Estados Unidos. A 21 de julho, a mulher acabou por morrer. Dias de depois, Smith foi ao frigorífico para ir buscar uma garrafa de água e decidiu tirar a caixa e ver o que estava lá dentro.

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Adam tirou o plástico, abriu a caixa com uma faca da cozinha e viu uma manta de bebé cor de rosa. Quando começou a mexer no conteúdo, sentiu o pé e os dedos de um bebé. Ao abrir a manta viu o pé e logo de seguida o cabelo.

"O bebé parecia limpo. Não tinha sangue, parecia um recém-nascido. Pelo que vi, a pele e tudo o resto pareciam intactos", explicou à "CNN". Assim que percebeu que era um bebé, chamou a polícia de St. Louis, que chegou em poucos minutos.

Smith lembra-se de a mãe falar uma vez sobre a sua primeira filha, Jennifer, sem grandes detalhes. Mas se este bebé for Jennifer, significa que terá morrido há cerca de 50 anos. "Quem é que mantém a sua própria filha numa caixa este tempo todo e não fala sobre isso? Tenho tantos pensamentos. Isto é de loucos", partilhou.