E. Jean Carroll, jornalista norte-americana, foi a 17.ª mulher a acusar o atual presidente dos Estados Unidos de assédio e abuso sexual. Num texto publicado a 21 de junho, Carroll revelou que o incidente terá acontecido em meados de 1995 ou 1996 num provador da Bergdorf Goodman, uma loja de roupa de luxo localizada na Quinta Avenida, em Nova Iorque.

"O meu primeiro rapaz rico baixou-me as cuecas. O meu último baixou-me os collants. O meu primeiro rapaz rico era lindo com olhos escuros e cabelo castanho. Não sei no que é que ele se tornou assim que cresceu. O meu último era loiro. E acabou a tornar-se no presidente dos Estados Unidos", revela a jornalista de 75 anos.

O encontro entre os dois aconteceu, por mero acaso, na loja Bergdorf Goodman. Donald Trump estava à procura de um presente para "uma mulher" e reconheceu a jornalista com quem já tinha estado uma vez.

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Quando viu a secção de lingerie, Trump sugeriu que fosse Carroll a experimentar uma peça de roupa. Esta acedeu, mas apenas porque tinha pensado numa brincadeira.

"No momento só dizia a mim própria que aquilo ia ser hilariante. Mas à medida que escrevo isto, estou espantada pela minha estupidez. Assim que nos deslocámos até aos provadores, lembro-me de rir e de pensar para mim mesma: 'Vou fazê-lo vestir isto por cima das calças", conta.

E foi aí que tudo piorou. "No momento em que a porta do provador fechou, ele lançou-se a mim, empurrou-me contra a parede e pôs a boca dele junta aos meus lábios. Ainda totalmente vestido, abre o fecho das calças e, forçando os dedos ao redor da minha área privada, introduziu metade — ou talvez totalmente, não tenho a certeza — do pénis dentro de mim."

"Esse foi o meu último homem horrível", escreve Carroll, que garante ainda que nunca mais voltou a relacionar-se sexualmente com alguém depois daquele encontro.

Confrontado com as acusações, Donald Trump acusou a jornalista de fabricar uma história falsa e de nunca a ter conhecido — mesmo depois de esta ter partilhado uma fotografia onde o presidente dos Estados Unidos e Ivanka Trump, primeira-dama, estavam presentes. 

Em declarações à publicação norte-americana "The Hill", Donald Trump reforçou que Carroll estava "garantidamente a mentir" e foi ainda mais longe. "Vou dizer isto com o máximo de respeito: em primeiro lugar, ela não faz o meu género. Em segundo lugar, nunca aconteceu. Nunca aconteceu, ok?".

Esta não é a primeira vez que Donald Trump usa este tipo de argumentos para tentar descredibilizar quem o acusa de assédio ou abuso sexual. Segundo escreve o jornal britânico "The Independent", quando uma colunista o acusou, em 2016, de assédio, a resposta foi semelhante.

"Ela mente. Olhem para ela. Acho que não, mesmo", disse. Já quando foi acusado de apalpar uma mulher em meados de 1980, a abordagem ao caso não foi em nada diferente. "Acreditem em mim, ela não seria a minha primeira escolha."

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