Depois de cinco episódios, "Chernobyl" chegou finalmente ao fim e é capaz de valer a Craig Mazin o Redeemer Award — o prémio atribuído a quem viu o seu trabalho ser bem recebido depois de uma série de projetos pouco favoráveis. É que antes de escrever a série sobre o desastre nuclear de 1986, o argumentista norte-americano assinou produções como "O Astro-Nabo" ou "A Ressaca Parte II". Tudo produções muito criticadas por reconhecidos especialistas de cinema.

"Chernobyl", inspirada na história real sobre a explosão do quarto reator da central nuclear da Ucrânia, mostra as consequências do desastre e expõe todas as más decisões que foram tomadas para o encobrir.

As deformações dos animais que vivem na zona de exclusão de Chernobyl
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Pripyat, a cidade mais próxima à central nuclear, só foi evacuada cerca de 24 horas depois da explosão e a União Soviética demorou dois dias a admitir o que tinha acontecido. Mas sabe-se agora que só o fez porque a radiação foi sentida a mais de mil quilómetros de Chernobyl, na Suécia.

Segundo o relatório emitido pela Organização das Nações Unidas, no total terão sido afetadas entre quatro a 50 mil pessoas pela exposição a altos níveis de radiação.

E todas elas foram homenageadas na nova série de HBO, que na altura ainda não tinha terminado mas estava com uma pontuação superior no IMDb a outras de culto — como "Os Sopranos" ou "Breaking Bad". Neste momento tem 9,7 em 10 no IMDb.