Estávamos em 1810 quando Napoleão Bonaparte, o imperador de França, se casou pela segunda vez depois de o casamento com Josefina Beauharnais não ter resultado em nenhum filho. Com o objetivo de ter um herdeiro, o imperador francês procurou algumas possíveis pretendentes e acabou por perder-se de amores pela princesa Maria Luísa, filha do imperador da Áustria, Francisco I — um dos seus inimigos.

Aquilo que seria uma relação indesejada, tornou-se numa verdadeira história de amor que durou quatro anos. Os dois tiveram um único filho, Joseph Charles Bonaparte, conhecido como Napoleão II e Rei de Roma. Depois da relação, Maria Luísa acabou por se casar mais duas vezes e ter mais três filhos.

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Agora, quase 210 anos depois, as famílias reais francesas e austríacas voltam a unir-se. É que, segundo o jornal "The Times", o tetraneto do irmão de Napoleão Bonaparte e pretendente ao trono de França, Jean-Christophe Napoleão, vai casar-se com a condessa Olympia Elena Maria, bisneta do antigo imperador da Áustria, Carlos I, e sobrinha-neta da princesa imperial Maria Luísa.

Enquanto ela é formada em História de Arte e Fotografia, pela Universidade de Yale, em Nova Iorque, ele é banqueiro e gestor de capital de risco em Londres. Além de estarem unidos pela história que partilham, vão passar a estar unidos também pelo casamento.

A árvore genealógica dos noivos

De acordo com o jornal "Le Figaro", citado pelo "Diário de Notícias", o casal conheceu-se em Paris quando Olympia estava a estudar durante um semestre.

"Quando conheci Oympia mergulhei nos seus olhos, não na sua árvore genealógica. Depois, sorrimos com esta estranha coincidência", revelou Jean-Christophe.

Ainda segundo a mesma publicação, para oficializar o casamento Jean-Christophe ofereceu à noiva um anel com um diamante retirado da coroa da última imperatriz de França.

A cerimónia já tem local e data marcada. Vai realizar-se a 19 de outubro deste ano, na Catedral Saint-Louis-des-Invalides, em Paris.

"Para mim, era importante que o casamento fosse em França. E a catedral é um lugar de um grande simbolismo: já que foi aí que Napoleão foi enterrado", explicou Jean-Christophe.