Longe vão os tempos em que a Apple tinha a hegemonia dos smartphones e o iPhone era o aparelho mais vendido no mundo neste segmento. De acordo com dados de 2018, a Samsung é a marca mais vendida, seguida da chinesa Huawei, que tem angariado cada vez mais quota de mercado — a empresa criada por Steve Jobs surge apenas em terceiro lugar nesta lista, publicada no site "The National".

No entanto, a medalha de prata da Huawei pode estar seriamente comprometida depois das notícias que dão conta de um corte de ligações entre a Google e a empresa chinesa.

Segundo uma notícia avançada em exclusivo pela agência Reuters, a gigante tecnológica norte-americana suspendeu os negócios que requerem transferência de hardware, software e serviços técnicos, à exceção daqueles disponíveis publicamente através da licença de origem. Este corte entre as duas empresas surge depois da colocação da Huawei numa "lista negra" pelo governo dos Estados Unidos.

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Mas, na prática, o que é que isto quer dizer para os milhares de pessoas à volta do mundo que já têm um smartphone Huawei? As novas versões de aparelhos da marca, fora da China, vão perder as atualizações do sistema operativo Android e o acesso a apps e serviços como o Gmail, o YouTube, o browser Chrome, assim como a própria Play Store.

No entanto, para já, os telefones já existentes com estas e outras aplicações do Google não serão afetados e, se for o seu caso, poderá continuar a fazer download das aplicações, bem como das suas respetivas atualizações, tal como afirmou um porta-voz da marca chinesa à Reuters.

"Para os utilizadores dos nossos serviços, o Google Play e as proteções de segurança do Google Play Protect continuarão a funcionar nos dispositivos Huawei existentes", afirmou o mesmo porta-voz, acrescentando, sem querer dar mais detalhes, que "a Huawei só poderá usar a versão pública do Android e não poderá aceder às aplicações e serviços proprietários do Google".