Já se sabe que a Grande Barreira de Coral, na Austrália, está em colapso catastrófico depois de, em 2016, um aumento das temperaturas ter levado à morte de mais de um terço dos corais da superfície. No entanto, a cerca de 338 quilómetros de distância, a floresta tropical de Daintree está a desaparecer à mesma velocidade alarmante.

A floresta existe há cerca de 150 milhões de anos e é, atualmente, o habital de um vasto número de espécies de todo o território australiano. É lá que se encontram um terço de várias espécies de mamíferos, 41% de peixes, 50% de aves e 60% de espécies de borboletas.

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Além de ser uma das florestas tropicais mais antigas, é também considerada como uma das mais impossíveis de substituir do património mundial.

E são várias os alertas que dizem que se não forem tomadas medidas urgentes, toda a região pode vir a perder mais de metade das suas espécies até ao final do século — ou antes.

Investigadores da Universidade James Cook, na Austrália, dizem que as mudanças de temperatura estão a levar à morte dos animais presentes na floresta tropical. E já há várias espécies a "não conseguirem sobreviver durante um dia com temperaturas acima dos 29 graus."

Segundo a revista "Science Alert", no verão passado a temperatura nas montanhas mais altas da floresta tropical chegou a estar, por seis vezes consecutivas, nos 39 graus. "Depois de décadas de desflorestação, estas vagas de calor podem revelar-se catastróficas", lê-se.

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Atualmente, cerca de 50% da floresta já está destruída e pode levar a que das várias espécies, que ainda não são consideradas em vias de extinção, desapareçam mais cedo do que o previsto. 

"Se esta tendência se mantiver, os mamíferos como os gambás, que ainda não estão listados como espécies em vias de extinção, podem desaparecer totalmente até 2022", escreve ainda a mesma publicação.