A 28 de abril, Espanha atravessa mais umas eleições gerais para a constituição de um novo governo. Pedro Sánchez, o líder do Partido Socialista Obrero Español (PSOE) e primeiro-ministro eleito em junho de 2018, anunciou a 15 de fevereiro deste ano a realização de eleições antecipadas.

Tal como escreve o "Diário de Notícias", Pedro Sánchez optou por esta medida depois de se ver "confrontado com a necessidade de governar com um Orçamento que não era o dele". Salientando que o país precisava de avançar, o primeiro-ministro afirmou: "Entre as duas opções, não fazer nada, e dar a palavra aos espanhóis, escolho a segunda".

Apesar de, a poucos dias das eleições, as sondagens darem a vitória a Pedro Sánchez e ao PSOE, embora sem maioria absoluta, a campanha eleitoral está ao rubro com debates consecutivos, o que faz com que a vitória do primeiro-ministro não seja garantida. Contra este, as figuras principais são Pablo Casado, líder partidário do Partido Popular (PP), Pablo Iglesias, que concorre pela coligação Unidos Podemos, e Albert Rivera, líder partidário do Ciudadanos.

Independentemente do vencedor, Espanha vai ter um primeiro-ministro e uma primeira-dama nos próximos dias. Nas vésperas da decisão, fomos saber quem são as mulheres que acompanham estes candidatos — de deputadas a psicólogas, e até a estrelas pop e ícones de estilo, acreditamos que também estas mulheres têm muito para oferecer a Espanha.

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María Begoña Gómez Fernández — mulher de Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol e candidato do PSOE

Pedro Sánchez e María Begoña Gómez Fernández têm duas filhas em comum e estão casados desde 2006

A primeira-dama espanhola tem 44 anos e é natural de Bilbau, Espanha. Casada desde 2006 com Pedro Sánchez, María Begoña Gómez Fernández tem duas filhas em comum com o atual primeiro-ministro e candidato do PSOE: Ainhoa, nascida em 2005, e Carlota, que nasceu dois anos depois.

Formada em Marketing, Begoña Gómez, nome pelo qual é mais conhecida, já trabalhou em várias organizações não governamentais como assessora, mas também em empresas como o Deutsche Bank. Em agosto de 2018, foi nomeada diretora do Africa Centre, um centro da IE University dedicado à inovação no continente africano, do grupo Instituto da Empresa.

Apesar dos 20 anos de experiência de Begoña Gómez em cargos de consultoria, esta nomeação deu que falar, com Pilar Marcos, deputada do Partido Popular (PP) a condenar publicamente o sucedido no Twitter: “Se fosse a mulher de Pablo Casado [líder partidário do PP], falava-se de conduta imprópria. Mas assim não há escândalo, Begoña Gómez é a esposa de Pedro Sánchez”.

De acordo com o jornal “El Correo”, que publicou declarações de quem já trabalhou com Begoña Gómez, a primeira-dama espanhola “é uma pessoa com uma escala de valores bem definida que lhe permite mover-se no mundo empresarial sem renunciar aos valores éticos”, e é também uma mulher “franca e segura de si mesma”.

Apesar da postura discreta, Begoña Gómez trouxe nova vida à imagem dos políticos espanhóis quando, juntamente com o marido, desempenhou um momento de carinho e o beijou durante um discurso. O gesto, bem como a preferência da mulher de Pedro Sánchez por looks vermelho-vivo, valeu ao casal a definição de “Obamas de Espanha”, numa comparação com o antigo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a sua esposa, Michelle.

Continuando a falar de estilo, Begoña Gómez é uma adepta de “menos é mais”: os looks são geralmente elegantes e discretos, longe de qualquer extravagância, e o cabelo está quase sempre solto.

Com 44 anos, a primeira-dama espanhola apresenta uma boa forma física, muito provavelmente devido às aulas de aeróbica e pilates que frequenta num ginásio perto da sua casa na zona de Pozuelo de Alarcón, uma região a alguns quilómetros a norte da cidade de Madrid, onde vive com o marido e as duas filhas.

Begonã Gómez já confessou que o marido é um homem romântico: no programa “2 día y 1 noche”, a mulher do líder do PSOE disse que Pedro Sánchez lhe escreve cartas de amor, que guarda carinhosamente num pequeno baú de madeira. “Ele é muito romântico”, afirmou Begoña Gómez.

Isabel Torres Orts — mulher de Pablo Casado, candidato do PP

Isabel Torres Orts já se tornou um ícone de estilo para as espanholas

Nascida em 1980, Isabel Torres Orts é natural de Alicante, Espanha, e vem de uma família privilegiada e conservadora. Filha de Luis Torres Fenoll, o fundador dos caramelos Damel, e de María Dolores Orts, uma das descendentes dos proprietários do grupo hoteleiro Huerto del Cura, Isabel Torres Orts é vista como uma herdeira discreta e de sorriso fácil.

A mulher do candidato do PP estudou Psicologia na Universidade Autónoma da Madrid, local onde conheceu o marido. Casaram-se em 2009 e, desta união, nasceram dois filhos: Paloma, uma menina, e Pablo, um rapaz que nasceu prematuro, com apenas 25 semanas e 700 gramas.

O filho mais novo de Isabel Torres Orts nasceu em 2014 e, depois de quatro meses na incubadora, no hospital, teve alta e hoje é uma criança saudável. Para agradecer o desfecho feliz, Isabel e o marido cumpriram uma promessa e fizeram uma peregrinação de quatro dias até Santiago de Compostela.

Citado pelo “El Español”, Pablo Casado referiu-se à mulher como uma “pessoa extraordinária”. O atual líder do PP salientou as várias qualidades de Isabel: “É muito melhor do que eu. Saí a ganhar, claramente. Para mim, acho-a muito bonita, digna, muito boa mãe, esposa e profissional”.

Sem qualquer ligação à política para além do marido, Isabel trabalha como psicopedagoga num colégio no norte de Madrid, cidade onde vive com a família, no bairro de Salamanca.

Desde que Pablo Casado começou em campanha eleitoral, o estilo de Isabel Torres Orts não tem passado despercebido. Apesar de saber escolher looks mais simples em tons nude e pastel, quando a ocasião pede mais discrição (nomeadamente eventos políticos onde dá o destaque ao marido), a psicóloga tem-se tornado numa referência de estilo para as espanholas — já surgiu várias vezes nas listas de mais bem vestidas do país, é das mulheres mais pesquisadas na internet em Espanha e causou furor com um vestido mostarda em 2018.

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Irene Montero — companheira de Pablo Iglesias, candidato da coligação Unidos Podemos

Irene Montero foi a primeira mulher na história da Espanha a intervir no parlamento durante o decorrer de uma moção de censura

Nascida em 1988, Irene María Montero Gil, a par do companheiro Pablo Iglesias, é uma figura do panorama político espanhol. Licenciada em Psicologia e com um mestrado em Psicologia da Educação, Irene Montero é a porta-voz parlamentar do Podemos, partido do companheiro (que concorre às eleições gerais pela coligação Unidos Podemos).

Em 2017, nas eleições internas do seu partido, Irene Montero foi a mulher mais votada para a direção do mesmo, e assegurou o quarto lugar no geral dos membros partidários. Em junho do mesmo ano, tornou-se na primeira mulher na história da Espanha a intervir no parlamento durante o decorrer de uma moção de censura.

Para além do seu papel na política, Irene Montero é investigadora na Universidade Autónoma de Madrid, e mãe de dois filhos: os gémeos de Irene e de Pablo Iglesias nasceram prematuros a 3 de julho de 2018, aos seis meses de gestação, num hospital público de Madrid. Atualmente, a porta-voz parlamentar está novamente grávida, desta vez de uma menina, tendo anunciado a gestação em março através do Instagram.

Em 2018, Irene Montero e Pablo Iglesias atravessaram momentos polémicos devido à compra de uma casa. O casal adquiriu “uma vivenda de luxo em Galapagar, nos arredores de Madrid, por 660 mil euros”, escreve o “Correio da Manhã”, e as criticas não se fizeram tardar.

De acordo com a mesma publicação, depois das críticas que apontavam para a incoerência de Pablo Iglesias, que sempre criticou os gastos de outros políticos, o casal foi obrigado a explicar-se publicamente: o líder partidário salientou que, juntamente com Irene, deram uma entrada de 660 mil euros pela casa e pediram um empréstimo bancário para pagar os 540 mil euros restantes, detalhando ainda que ambos irão pagar 800 euros por mês nos próximos 30 anos.

No decorrer da polémica, ambos colocaram os seus lugares à disposição das bases do partido, mas os militantes do Podemos votaram, na maioria, pela permanência de Pablo Iglesias e de Irene Montero nos seus cargos.

Malú — alegada namorada de Albert Rivera, candidato do Ciudadanos

Malú ainda não assumiu publicamente a sua relação com Albert Rivera

María Lucía Sánchez Benítez, ou Malú, tem 37 anos e é uma das cantoras pop mais conhecidas de Espanha. Sobrinha do guitarrrista Paco de Lúcia, a artista conta com milhares de seguidores nas redes sociais.

Com uma carreira de mais de 20 anos, Malú tornou-se conhecida em 1998 graças ao albúm "Aprendiz", que contou com músicas criadas por outros artistas espanhóis de renome como Alejandro Sanz. O albúm de estreia de Malú vendeu mais de 650 mil cópias em Espanha e valeu à cantora o prémio Amigo da SGAE — Sociedad General de Autores y Editores, de Melhor Artista Revelação também no ano de 1998.

Desde aí, Malú tem tido uma carreira recheada de sucessos, mas o seu nome já não é conhecido apenas pelos seus talentos musicais: em fevereiro, a revista "Semana" avançou que a cantora está num relacionamento com Albert Rivera, líder partidário do Ciudadanos.

Alegadamente, e de acordo com o "El Espanhol", a cantora e o político conhecem-se desde 2016, altura em que Albert Rivera foi convidado para um dos concertos da artista. Os laços entre os dois terão ficado mais estreitos depois de se encontrarem em várias festas e, a 11 de dezembro do ano passado, surgiram juntos numa festa promovida por Alejandro Sanz. Já em 2019, no Dia dos Namorados, o casal terá passado a noite na mesma casa, tal como a MAGG já tinha escrito.

Apesar de os rumores serem mais do que muitos, ainda não existiu, até à data, uma confirmação oficial por parte de Malú ou de Albert Rivera. No entanto, no regresso de uma viagem de trabalho a Málaga, o líder dos Ciudanos referiu-se pela primeira vez à alegada relação com a cantora pop. Confrontado com as questões dos jornalistas sobre o relacionamento, respondeu: “Está tudo bem, obrigada.”

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Os fãs até já têm uma alcunha para o casal — Malbert — mas a relação não agrada a todos: ao "El Mundo", a Personality Media, uma consultora de marketing especializada em estudar o posicionamento de celebridades, explica que "quanto mais explicita ou pronunciada for a relação, mais ela afetará a imagem da cantora. Se ela começar a fazer campanha com ele, poderá ter problemas”.

Não é um cenário muito provável mas, caso Albert Rivera ganhe as eleições, é caso para pensar se Malú surgiria ao lado do candidato, que terminou em janeiro um relacionamento de quatro anos com Beatriz Tajuelo.

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