Foi ainda em 2018 que Diogo Faro começou a abraçar esta causa. Foram várias as publicações de indignação no Instagram, ainda que com humor, cada vez que surgia uma nova notícia de um caso nacional de violência doméstica. Várias foram também as reações positivas à sua postura em relação a este tema.

Em dezembro do mesmo ano, o humorista tornou-se embaixador da Amnistia Internacional e continuou o apelo nas redes sociais aos direitos humanos e igualdade de género, sendo este último aquele em que se tem focado mais. Tanto que acaba de criar o movimento #NãoÉNormal.

"Fui falando com pessoas e fiquei alerta com o número de mulheres que já tinha sofrido qualquer tipo de violência. Nem que seja piropos. Os piropos são graves e muitas pessoas não valorizam isso", explicou o humorista.

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Foi no âmbito deste movimento que Diogo Faro fez um vídeo, lançado este domingo, 31 de março, com o objetivo de mostrar às pessoas que a violência doméstica não é apenas quando um agride fisicamente o outro. É muito mais do que isso. "O machismo não é grave porque é normal" foi o nome escolhido pelo humorista para esta sátira que conta com a participação de atores como Inês Aires Pereira, Mafalda Luís de Castro e José Mata.

"Eu já tinha tido a ideia de fazer este vídeo a gozar com o machismo quando lancei o desafio através dos Stories do meu Instagram a pedir às mulheres que tivessem passado por algum tipo de violência para enviarem um email apenas a dizer 'eu'. De repente, recebi mais de três mil emails e mensagens de mulheres que não só assumiram ter passado por isso, como contaram todo o tipo de histórias. Muitas destas mulheres nunca tinham sequer contado essas histórias a ninguém e partilharam comigo. As mulheres começam a sentir mais força. E apesar do discurso irónico que uso no vídeo, o que originou tudo é muito grave", conta Diogo Faro.

O movimento #NãoÉNormal, que tem já uma página de Instagram, tem contado com o apoio institucional da Secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade e terá novas campanhas de consciência cívica. "Não queremos ganhar dinheiro com isto. O nosso objetivo é mesmo combater o machismo, numa escala mais pequena porque não temos capacidade de o fazer em situações mais graves."

Em menos de um dia, o vídeo conta já com quase 12 mil visualizações e nas redes sociais são várias as partilhas e elogios ao movimento.

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