É de senso comum, ou deveria ser, que as bebidas energéticas devem ser consumidas como recurso final e não numa base constante. Não falamos aqui de simples refrigerantes. São bebidas com cafeína, que pode provocar problemas cardíacos, com excesso de açúcar e que podem ainda interferir com a medicação.

Para além destes problemas normalmente associados a estas bebidas, percebeu-se agora que podem corroer a língua. Dan Royals, consumidor diário de bebidas energéticas, documentou e publicou no Facebook aquilo que começou a ver acontecer no seu corpo. O professor natural da Austrália ms a viver atualmente na Ásia divulgou uma fotografia da sua língua “comida” pelos químicos das bebidas que consome todos os dias.

A fotografia de Dan Royals com a língua danificada

“Quem bebe bebidas energéticas? Isto é o que acontece à tua língua, imagina o que pode fazer aos teus intestinos”, começou por dizer o professor na publicação. “Até há pouco tempo bebia no mínimo 5 a 6 bebidas por dia. Lavo os dentes e a língua todos os dias, fui ao médico e boom! Descobri que os químicos das bebidas energéticas estavam a causar isto… Estão literalmente a corroer a minha língua”.

Apesar de fumar, Dan Royals não crê que este hábito seja o responsável pela degradação da sua língua.

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Para além da língua, estas bebidas podem também causar problemas nos dentes. Há um mês, Vinnie Pyner divulgou a sua história nas redes sociais e alega que as seis latas de Monster que bebida todos os dias corroeram os seus dentes. O caso tornou-se tão grave que tem dores a comer e não tem conseguido arranjar trabalho por causa do estado dos mesmos.

Ao jornal “Metro” profissionais de saúde garantem que as bebidas energéticas podem estar relacionadas com cáries devido ao seu PH ácido: “Um estudo norte-americano mostra que as cáries podem resultar do PH ácido e do açúcar presente nas bebidas energéticas”. “Outro estudo, refere ainda que o consumo de bebidas energéticas pode causar erosão o que leva à hipersensibilidade da dentina”, explica o mesmo artigo.

O médico dentista Ricardo Almeida, diretor do departamento de prostodontia da Maló Clinic, explicou à MAGG que as bebidas energéticas têm um PH ácido, que pode ser prejudicial à saúde oral.

Dr. Ricardo Almeida, diretor do departamento de prostodontia da Maló Clinic

"Na língua é uma situação remota, mas que pode acontecer. Nos dentes é óbvio.", explica. Na língua, a acidez presente nas bebidas energéticas pode levar à erosão e possível destruição das papilas gustativas. Com o passar o tempo e com um consumo excessivo destas bebidas, as papilas vão ficando desgastadas podendo chegar ao ponto de despapilação – o desaparecimento das mesmas.

Nos dentes a situação torna-se ainda mais evidente. Por um lado, o ácido destas bebidas provoca o desgaste do esmalte dentário e isso pode causar furos ou cavidades. Por outro lado, o excesso de açúcar vai ser usado pelas bactérias e vai provocar ainda mais ácido, que por sua vez, poderá corroer ainda mais o dente. "Tudo isto vai dar o tal desgaste dentário", explica o médico.

A juntar a todos estes perigos, estão também problemas de estômago como gastrites, fruto dos ácidos constantes e problemas de coração como aceleração cardíaca, devido ao excesso de cafeína.

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