Numa entrevista publicada pelo "The Times" a 22 de março, Barbra Streisand fez declarações polémicas sobre as acusações de abuso sexual de que Michael Jackson foi alvo, e referiu-se especificamente a duas das alegadas vítimas, James Safechuck e Wade Robson, as figuras centrais do documentário "Leaving Neverland", da HBO.

A cantora, que conheceu Michael Jackson, assumiu ter pena da estrela da pop, e chegou a afirmar que "as necessidades sexuais dele eram as necessidades dele, provenientes de qualquer tipo de infância que teve ou ADN". Barbra Streisand também afirmou sentir-se mal por James Safechuck e Wade Robson, mas salientou que os supostos acontecimentos não lhes destruíram a vida.

“Podemos falar de abusos, mas essas crianças, tal como os ouvimos dizer, estavam entusiasmadas por estar ali. Estão ambos casados e com filhos, portanto isso não os matou”, afirmou Barbra Streisand.

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Sem grandes surpresas, as declarações da cantora causaram indignação nas redes sociais e, no Twitter, a hashtag #CancelBarbraStreisand (cancelem a Barbra Streisand) tornou-se viral rapidamente.

No dia seguinte à publicação da entrevista, e à luz de todas as reações negativas, a cantora utilizou a mesma rede social para pedir desculpa, e emitiu um longo comunicado, no qual referiu que o que disse na entrevista do "The Times" não refletia os seus "verdadeiros sentimentos".

"Lamento muito qualquer dor ou mal entendido que tenha causado por não ter escolhido melhor as minhas palavras sobre Michael Jackson e as suas vítimas", afirmou a cantora, que também disse que nunca quis "minimizar o trauma pelo qual esses rapazes passaram."

Barbra Streisand continuou: "Tal como todas as vítimas de abusos sexuais, eles vão ter de carregar esse fardo o resto da vida. Estou muito arrependida e espero que o James e o Wade saibam que os respeito e que os admiro por revelarem a sua verdade".