Após oito anos de recursos negados, o caso de Steven Avery da série "Making a Murderer", vai ser reaberto. Na origem desta decisão estão umas ossadas que foram encontradas na sucata que pertence à família de Avery, mas que nunca foram analisadas.

De acordo com a moção inicialmente apresentada, a advogada Kathleen Zellner pedia que fosse analisado o ADN dos ossos encontrados. Esta análise pretendia perceber se as ossadas eram de origem animal e se pertenciam a Teresa Halbach. No entanto, acabaram por ser entregues à família sem alguma vez terem sido testadas.

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Como a lei do Arizona obriga a que as provas recolhidas e apresentadas em tribunal sejam mantidas em arquivo durante a pena do criminoso, a entrega das ossadas constituiu uma clara violação da lei. Este erro processual permitiu a Zellner apresentar uma nova moção, exigindo que as ossadas fossem devolvidas para que fossem testadas. Esta moção foi aprovada na passada segunda-feira, 25 de fevereiro, como se pode ler no tweet feito pela advogada.

Em declarações à revista norte-americana "Newsweek",  Kathleen Zellner reconheceu que "esta prova tem o potencial de anular todo o caso, por isso foi uma vitória importante." Esta resolução do tribunal permitirá à defesa de Steven Avery apresentar todas e quaisquer provas que possam ter recolhido e que se relacionem com as ossadas encontradas.

Steven Avery foi condenado em 2007 pelo homicídio da fotógrafa Teresa Halbach, que desapareceu em 2005. Avery sempre se declarou inocente do crime e acusou a polícia de Wisconsin de ter fabricado provas para o incriminar, tal como se pode ver nas duas temporadas de "Making a Murder", da Netflix.