Tive quatro dias livres e não hesitei em meter-me num avião com a minha cara metade e viajar até terras de sua majestade. Ó Londres, tu nunca desiludes! Há sempre um canto novo para descobrir ou um mercado que até agora tinha passado despercebido. E esta é a beleza desta cidade. É impossível alguém sentir-se aborrecido, as novidades são constantes.

Desta vez, tive três dias completos para passear à vontade e depois meios dias, tendo em conta que, quando chegámos, já só conseguimos aproveitar meio dia e, no regresso, tivemos apenas uma manhã para dizer um “até já Londres”. Tento sempre dar-vos dicas úteis e desta vez não vai ser diferente. Vou guiar-vos por esta minha viagem, segundo o sítio onde fiquei, o roteiro que fiz e um kit de sobrevivência que criei (já vão perceber a razão). Mas, desta vez, vou falar sobre cada um destes temas em artigos separados, para me conseguir focar mais em cada um deles.

Vou então começar pelo sítio onde fiquei. Vamos a isso?

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Quando estávamos a escolher o sítio onde ficar, lembrei-me de imediato de várias zonas: optar por algo mais central para estar mais perto de tudo, ou por Camden Town (já que é dos bairros com mais vida que já conheci em toda a minha vida) ou, então, por Nothing Hill (não conheço bairro mais romântico que este). Estava muito inclinada para Nothing Hill... as casas são coloridas, podemos perder-nos nas antiguidades do mercado de Portobello, as livrarias históricas despertam em nós a ânsia por conhecermos mais e mais, e, no meio de tanta coisa, aquele bairro oferece uma sensação de paz e de tranquilidade diferente de tudo o que existe em Londres... ali desaceleramos. Mas, em conversa com uma amiga que vive lá, decidimos arriscar e elegemos Shoreditch como base para esta mini escapadela.

As minhas dicas sobre Londres: onde ficar

É neste bairro que a arte encontrou o seu lugar, daí muita gente referir-se a esta zona como o local que está na moda. Museus, galerias ou murais autênticos, há de tudo por todo o lado. Mantenham a cabeça sempre erguida e vão ficar maravilhados com as pinturas nos prédios.

E os mercados locais? Maravilhosos! Confesso que fiz umas belas comprinhas. Imensas coisas vintage a preços muito acessíveis... (tentem sempre negociar, atenção). Quanto à comida nesta zona, digamos que as gastronomias do mundo também decidiram instalar-se todas em Shoreditch. Indiana, vietnamita ou italiana, não há como se cansarem de comer.

Escolher um sítio para dormir não será difícil por estas bandas. Há imensos hotéis e nós optámos pelo Citizen M. É moderno, jovem, alternativo. Não esperem encontrar uma decoração do século passado. A parte melhor: sem pagarmos mais por isso, o nosso quarto ficava no nono andar. Estão a imaginar a vista soberba que tínhamos, certo? Mesmo ao lado da cama havia uma janela enorme, o que fez com que cada manhã fosse mais especial do que a anterior. As noites igualmente bonitas, onde deitada na cama, conseguia ver o céu estrelado. Que sensação incrível. Não podia acordar e adormecer mais tranquila do que isto!

Apesar do quarto ser muito, muito pequeno, senti-me como se estivesse em Nova Iorque. Saindo destes m2 de sonho, também as zonas comuns do hotel não ficaram aquém do esperado. Um lounge para descontrair muito convidativo, onde o ambiente era ideal para quem precisava de se agarrar um bocadinho ao trabalho, mas também para quem procurava um lugar calmo para pôr a leitura em dia. Além disso, a estação de metro, a de Liverpool, ficava apenas a dez minutos a pé.