A incerteza sobre o processo do Brexit mantém-se. No entanto, a União Europeia (UE) concordou esta sexta-feira, 1 de fevereiro, em permitir que os cidadãos britânicos façam uma viagem sem visto para os estados-membros, mesmo que haja um Brexit sem acordo.

O novo regulamento proposto, que provocou controvérsia entre as autoridades do Reino Unido ao descrever Gibraltar como uma "colónia", permitirá visitas à UE num limite de até 90 dias, em qualquer período de 180. O regulamento faz a distinção entre os que vivem na Grã-Bretanha e os cidadãos de Gibraltar, um território ultramarino britânico que se encontra agora na UE.

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No entanto, a instituição europeia explica que, caso o Reino Unido introduza a obrigação de visto para os cidadãos de pelo menos um estado-membro, a Comissão Europeia, o Conselho, o Parlamento Europeu e os 27 estados-membros atuarão "imediatamente" para exigir o mesmo documento aos britânicos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, avançou que Portugal não iria exigir vistos aos cidadãos britânicos e que esperava o mesmo da parte de Londres em relação aos cidadãos portugueses. O governo português admite até a criação de corredores especiais para turistas britânicos nos aeroportos nacionais onde se regista normalmente mais movimento de pessoas do Reino Unido, ou seja, Faro e Funchal.

O documento aprovado esta sexta-feira pelo Conselho da União Europeia está a suscitar polémica, uma vez que nele consta, pela primeira vez dessa forma, que Gibraltar é uma colónia do Reino Unido. A referência foi introduzida a pedido da Espanha e já mereceu o protesto do governo britânico.

"Gibraltar é uma parte integral da família britânica e tem uma relação constitucional madura e moderna com o Reino Unido. Isso não vai mudar devido à nossa saída da UE. Todas as partes devem respeitar o povo do desejo democrático de Gibraltar de ser britânico", referiu um porta-voz do governo britânico em resposta ao comunicado.

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