Louise Vesterager Jespersen escrevia, a 21 de novembro, na sua página de Facebook: “Queridos amigos, vou para Marrocos em dezembro. Alguém que esteja por aí ou algum amigo de montanhas que saiba alguma coisa sobre o Monte Toubkal?"

Menos de um mês depois, a 17 de dezembro, esta mulher dinamarquesa, com 24 anos, e Maren Ueland, 28, natural da Noruega, foram encontradas mortas numa tenda, localizada nas montanhas do Atlas em Marrocos. Eram amigas e colegas na University of South-Eastern Norway, tendo abandonado a Noruega a 9 de dezembro para passarem as férias no país norte-africano.

Louise Vesterager Jespersen tinha 28 anos e era natural da Dinamarca

Ao “Marocco World News”, um homem que preferiu não ser identificado, disse que as turistas foram “alegadamente encontradas decapitadas”, acrescentando que elas estavam a viajar sem guia e a acampar “algures perto da base do Clube Alpino Francês no monte Toubkal.”

De acordo com declarações do Ministro do Interior Marroquino, as escandinavas encontravam-se numa área montanhosa isolada, a dez quilómetros da vila de Imlil, o ponto de partida para tours de caminhada e escalada no Monte Toubkal, acrescentando que as mulheres foram encontradas sem vida “com sinais de violência no pescoço causadas por um instrumento cortante”, acrescentando que foi aberta uma investigação para “clarificar as circunstâncias do crime.”

Maren Ueland tinha 28 anos e era natural da Noruega. Já existe uma página de Facebook em sua memória

A mesma fonte anónima revelou ao órgão de comunicação social marroquino que os corpos foram encontrados por um grupo de turistas. “Um guia local encontrou turistas a chorar e eles contaram-lhe aquilo que viram.”

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As autoridades já detiveram três suspeitos da morte das duas mulheres. Foram identificados através de câmaras de vigilância localizadas nas lojas da vila, sendo que um dos elementos terá deixado o cartão de identidade no acampamento onde se encontravam a dormir. Apesar de os motivos do crime serem desconhecidos, já foi descartada a ideia de roubo, uma vez que as vítimas permaneciam com todos os bens pessoais. No entanto, ainda não se retirou a possibilidade de as motivações serem de cariz sexual.

“Os suspeitos estavam a acampar na mesma área em que o crime teve lugar”, revelou a fonte anónima ao jornal marroquino, acrescentando “que testemunhas viram o grupo durante a noite a dirigirem-se ao acampamento.”