Já faltou mais para a chegada da derradeira temporada de "A Guerra dos Tronos": a última parte da luta pelo trono de ferro estreia em abril de 2019, embora o dia e o enredo, bem como o final, ainda estejam no segredo dos deuses — e dos argumentistas.

Os detalhes já revelados sobre a oitava temporada não são muitos, mas podemos afirmar sem medos que estes serão episódios com muitas mortes à mistura, ou não fossem os desfechos trágicos parte do ADN desta série (e nem vamos falar do "Red Wedding"). E a poucos meses da estreia, surge o primeiro estudo feito sobre a popular série de televisão que, graças à ciência, pode ajudá-lo a perceber quem serão as personagens que conseguirão sobreviver aos banhos de sangue de "A Guerra dos Tronos".

Investigadores da Unversidade de Macquarie, em Sydney (Austrália), estudaram ao detalhe todos os episódios emitidos até à data, especificamente as mortes da série e as suas circunstâncias. A pesquisa, publicada no início de dezembro no site "Injury Epidemiology", descobriu que mais de metade das personagens principais morreu até ao final da sétima temporada, sendo a causa de morte mais comum os ferimentos fatais na zona da cabeça e do pescoço.

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De acordo com o mesmo estudo, a taxa de sobrevivência de uma personagem pode variar entre os 11 segundos e as 57 horas de tempo de antena, e existe uma probabilidade de 14% de morrerem dentro da primeira hora na série — e os homens nascidos fora de casas reais estão mais em perigo.

Segundo os investigadores australianos, a troca de alianças (algo a que assistimos várias vezes ao longo das sete temporadas) é um fator que pode contribuir positivamente para a sobrevivência de uma personagem —em retrospetiva, a verdade é que muitas das personagens que escolheram trair aliados continuam vivas.

Reidar Lystad, um dos autores do estudo, afirmou que Cersei Lannister e Sansa Stark podem ter grandes probabilidades de sobreviver ao final desta série. Afinal, ambas são mulheres nobres que não hesitaram em trocar de alianças para atingir os seus objetivos e, de acordo com Reidar Lystad, "não há muitas personagens que encaixem nesta descrição", o que lhes pode oferecer uma vantagem estatística para sobreviver. O co-autor do trabalho sobre a série ainda afirmou que tal não difere muito da vida real, dado que "as mulheres têm taxas de mortalidade mais baixas".

Se torce por um final feliz para Daenerys Targaryen e Jon Snow, pode existir a possibilidade de ver as suas personagens favoritas morrerem: a "mãe dos dragões" nunca trocou de aliados, bem como o comandante da Patrulha da Noite, que tem mais coisas contra si, como o facto de ser homem, algo que o coloca estatisticamente em perigo.

No entanto, pode existir uma luz ao fundo do túnel: Reidar Lystad avisa que esta análise à série tem como base as temporadas passadas, e a estreia da oitava parte pode revelar novos acontecimentos que mudam drasticamente as regras citadas no estudo. "As previsões são sempre traiçoeiras", conclui o co-autor da investigação.