De acordo com um estudo norueguês divulgado este mês de novembro, o peso das crianças varia conforme o das mães, existindo uma espécie de "efeito espelho" com o ganho ou perda de quilos destas. A investigação da Universidade de Ciências e Tecnologia de Trondheim (Noruega), que analisou os níveis de atividade de 4,400 crianças e dos seus pais durante 11 anos, descobriu esta ligação.

Citada pelo jornal "The Telegraph", Marit Næss, uma estudante de doutoramento ligada ao estudo, explica que "o peso dos pais tem um grande impacto na saúde e estilo de vida de uma criança, os comportamentos que conduzem à obesidade são facilmente transmitidos pelos pais".

Marit Næss acrescenta que as mães que reduzem o seu nível de atividade física durante o período de crescimento dos filhos, acabam por ver estes terem um índice de massa gorda (IMG) elevado na adolescência. No entanto, não existe relação entre o peso dos filhos e o dos pais. Esta disparidade é justificada pelos investigadores devido a serem principalmente as mulheres as responsáveis pelo planeamento de atividades e pela alimentação da família.

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Mas a ligação existe apenas quando falamos de ligeiros ganhos ou perdas de peso — caso exista uma mudança drástica no peso da mãe, o filho não imita este comportamento, dado que uma grande alteração está normalmente ligada a uma doença ou a uma dieta alimentar muito específica, que acaba por não envolver os restantes elementos da família.

De acordo com a investigação norueguesa, o peso das mães também tem um impacto na educação das crianças, sendo que os filhos de mães não obesas e com hábitos mais saudáveis, acabam por continuar os estudos durante mais tempo.

"De uma forma geral, famílias com uma educação superior têm índices de massa gorda mais baixos do que famílias com menos estudos", salienta Kirsti Kvaloy, uma das especialistas da investigação, que acrescenta que uma redução de peso por parte das mães "influencia positivamente os IMG's das crianças nas famílias com mais estudos".

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