Terminada a corrida quase olímpica para encontrar a viagem mais barata e o stresse para tentar conciliar o hotel de sonho com a data da sua estadia, há uma outra luta que tem de enfrentar: é que há experiências a ter, lojas onde fazer compras e comida boa para provar. Só que nada disso se paga sozinho e embora muitos bancos portugueses prometam transações e levantamentos isentos de taxas, nem todos oferecem as mesmas condições e pode ser uma verdadeira dor de cabeça tentar perceber quanto é que vai pagar a mais. Mas há um cartão que promete simplificar todo o processo e que conquistou os amantes de viagens — especialmente aqueles que viajam para fora da Europa com regularidade.

Falamos do cartão Revolut que, embora tenha sido criado em 2015, só recentemente é que começou a ganhar alguma popularidade. Prova disso é a quantidade de utilizadores registados um pouco por todo o mundo (cerca de três milhões) que usam o serviço.

Mas como funciona e porque ficou popular?

Apesar de ser um cartão físico, que pode pedir através do site oficial da empresa e que tem o custo médio de seis euros, todas as operações são feitas através da aplicação móvel que está disponível para iPhoneAndroid. Instalada a aplicação, terá de fazer um primeiro carregamento (que aqui se chama top-up) com um valor mínimo de 10€.  O carregamento pode ser feito quantas vezes quiser através de transferência bancária ou de um cartão virtual gerado através do MB Way.

Independentemente do valor e da moeda com que carregar o seu cartão, não vai precisar de se preocupar com o câmbio visto que a plataforma faz tudo isso por si. Isto significa que se viajar de Lisboa para Londres, não é necessário que troque os seus euros por libras já que, no ato de pagamento, a plataforma faz tudo de forma automática e sem taxas adicionais.

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O cartão funciona em mais de 150 moedas e só no caso dos levantamentos é que é necessário ter alguma atenção. Na versão base do Revolut, que é gratuita e sem uma mensalidade associada, só são permitidos levantamentos gratuitos de até 200€ mensais. Mas mesmo que ultrapasse esse valor, a empresa cobra apenas 2% sobre cada montante levantado — o que é muito inferior a qualquer taxa cobrada por um banco tradicional.

Nas versões Premium (7.99€ por mês) e Metal (13.99€ por mês), o limite de levantamento passa a ser de 400€ e 600€ mensais, respetivamente.

Os cartões possuem todos eles a tecnologia contactless que pode ser desativada nas definições da aplicação sempre que necessário. Além disso, pode ainda criar um cartão digital para usar em serviços como a Uber ou para fazer compras online.

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Mas outra funcionalidade que tornou o serviço popular foi a possibilidade de realizar transferências bancárias para pessoas de outros países. Após feito o registo, a aplicação deteta de forma automática quais dos seus contactos usam o sistema e permite-lhe enviar-lhes dinheiro de forma imediata e gratuita. 

Como é que a Revolut faz dinheiro?

Apesar de disponibilizar um serviço gratuito, há dois outros planos pagos que desbloqueiam uma série de funcionalidades extra para utilizadores que viajem muito e, em especial, para fora da Europa.

Além dessas funcionalidades extra, o lucro da empresa decorre não só das comissões que cobra aos comerciantes que aceitem os cartões Revolut como método de pagamento (e são muitos espalhados pelo mundo, pelo que os problemas de incompatibilidade são raros), mas também das taxas após excedido o valor limite de levantamentos permitidos por mês.

Pode ser utilizado em Portugal?

Ainda que o cartão seja utilizado maioritariamente por viajantes, isso não significa que não o possa usar como cartão principal em Portugal para as suas compras diárias. O único requisito é que o terminal do comerciante pertença à rede Visa ou Mastercard, caso contrário será rejeitado — é que, de momento, a Revolut ainda não é compatível com a rede Multibanco.

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Mas é seguro?

Em 2017 a Revolut candidatou-se a uma licença bancária europeia e, embora ainda não tenha sido aprovada, vai permitir proteger o dinheiro dos clientes num valor máximo de até 100 mil euros, assim como realizar todas as outras operações que os bancos permitem, como criar uma conta ordenado.

Mas enquanto não é aprovada, sabe-se que a empresa está protegida pela Autoridade de Conduta Financeira, o que significa que caso alguma vez a empresa acuse insolvência, os clientes podem reaver o seu dinheiro. Fora isso, a Revolut respeita todas as normas legais necessárias para o tipo de operações que permite realizar.

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