Foi no início de outubro que Banksy voltou a ser notícia depois de um dos seus quadros mais famosos se ter autodestruído em leilão. O artista inglês, cuja identidade continua a não ser conhecida, construiu uma espécie de trituradora dentro da moldura de "Girl with Balloon", que seria controlada através de um comando à distância.

"Há alguns anos comecei a construir uma trituradora dentro de um quadro caso algum dia viesse a ser leiloado", lia-se no vídeo partilhado pelo artista na sua página oficial de Instagram, e que se fazia acompanhar por uma citação de Picasso para justificar o que tinha acabado de acontecer: "O impulso de destruir também é um impulso criativo."

No entanto, nem tudo correu como previsto durante o leilão que aconteceu a 6 de outubro, em Londres. É que apesar de o dispositivo ter sido acionado aquando da venda da obra, por 1 milhão de libras (que equivale a cerca de 1,2 milhões de euros), a destruição era para ter sido total e não apenas parcial. Ao que parece, parte da obra ficou retida na moldura e não chegou a passar pelas lâminas.

A informação foi confirmada pelo artista que publicou, no seu site oficial, um novo vídeo a mostrar o que realmente deveria ter acontecido durante o leilão. No vídeo, vê-se todo o processo de construção do mecanismo.

"Nos ensaios funcionava sempre tudo bem", lê-se ainda no mesmo vídeo que mostra como a imagem era toda ela rasgada depois de acionado o mecanismo, deixando a moldura completamente vazia.

Banksy aproveitou também para refutar algumas das teorias da conspiração que foram sendo criadas nas últimas semanas, e que avançavam que a imagem não tinha sido de facto destruída e que a casa de leilões teria sido cúmplice durante o processo.

"Algumas pessoas acham que a imagem não foi mesmo rasgada. Mas foi. Outras acreditam que a leiloeira sabia do que ia acontecer. Mas não sabiam", lê-se na publicação de Instagram partilhada pelo artista na quinta-feira, 18 de outubro, antes de publicar o vídeo no seu site oficial.

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Depois de rasgada, a obra passou a ganhar um novo nome ("Love Is in the Bin") mas nem isso impediu a vencedora do leilão de ficar com o quadro. Segundo a revista "Insider", a compradora ficou chocada assim que viu o que estava a acontecer mas depressa de apercebeu que tinha ali "uma nova forma de arte que ficaria para sempre na história."

Da mesma opinião é Alex Branczik, chefe do departamento de Arte Contemporânea na Europa da leiloeira, que contou à mesma publicação que esta foi a "primeira obra de arte de sempre a ser criada durante um leilão", o que poderá a vir a influenciar o valor da obra em futuras vendas.

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